Vírus não respeita fronteira. Entenda a importância da cooperação internacional

Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo

O tema da saúde nunca esteve tão presente na agenda política das Nações. Ao se enfrentar um desafio global, comum aos governos nacionais, somos levados a entender a expressão de solidariedade entre nações, e com o estreitamento de relações entre os países em busca de uma solução, torna-se cada vez mais necessário entender a cooperação internacional em saúde.

Para desmistificar o tema, a Maratona de Saúde da Uninter promoveu uma palestra com o professor José Benedito Caparros Junior, bacharel em relações internacionais e mestre em educação. Em conjunto com o professor da Uninter Cristiano Caveião, ele dialogou sobre o contexto da cooperação internacional e a importância dos profissionais da saúde se aprofundarem no tema.

“Cada vez mais existe a necessidade de a gente abordar as relações internacionais nas mais variadas áreas. Precisamos formar pessoas, tanto profissionais quanto cidadãos, preparados para o mundo. Estamos discutindo cada vez mais assuntos globais e precisamos de pessoas que consigam transitar entre a interculturalidade”, afirma.

José Benedito esclarece que a cooperação internacional ocorre no “cenário internacional”, ou seja, no globo. E é composta pelos “atores internacionais”, aqueles que influenciam e são influenciados pelo cenário, como os Estados, organizações internacionais, empresas multinacionais, mídia etc.

Dentro do cenário internacional os Estados encontram-se em igualdade, pois não existe um soberano, não existe um governo superior, o que leva a uma situação de anarquia. Ao mesmo tempo, nenhum país é autossuficiente, portanto, existe uma relação de interdependência muito forte entre eles.

Dessa forma, o professor explica, “a cooperação internacional nada mais é do que os estados inseridos neste cenário tentando, mesmo com seus interesses divergentes, encontrar soluções que atendam os problemas globais”. Ele acrescenta: “Vírus e pandemia não respeitam fronteiras”. Por isso, ressalta a importância de se reconhecer as organizações da saúde como elemento chave no âmbito da cooperação entre os países.

A Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) foram citadas por José Benedito por estarem participando ativamente no enfrentamento do coronavírus.

Cristiano Caveião aproveitou para destacar o papel da OMS, “Ela tem importante papel em ajudar a direcionar normativas nessa situação de pandemia, por ter exemplos de países avançados na situação, ajuda na identificação das melhores práticas e formas de conduta a partir de dados científicos”.

A interação dos alunos através do chat foi grande e muitos queriam saber a opinião dos professores sobre as vacinas que estão sendo desenvolvidas contra o vírus. O professor Cristiano destacou os estágios para o desenvolvimento de vacinas: criação, testagem em animais, testagem em humanos, aprovação de órgãos reguladores e fabricação. E reforçou: “não é algo rápido, é um processo de desenvolvimento que irá necessitar grande investimento financeiro”.

José Benedito esclareceu que a “corrida das vacinas” extrapola a área da saúde e está sendo tratada também pelo campo da geopolítica. “Hoje, encontrar uma vacina eficaz e segura para ser aplicada é uma questão de geopolítica. Os países que detiverem essa tecnologia e conseguirem imunizar sua população terão vantagem econômica perante os países que não conseguirem isso”, afirma.

Para conferir o bate-papo, acesse a página Maratonas Para Desenvolvimento Sustentável Uninter no Facebook.

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Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Anna Shvets/Pexels


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