Vender na loja ou no site? Estratégias devem ser diferentes
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoSegundo dados da Confederação Federal da Indústria (CNI), a participação de produtos importados no consumo brasileiro era de 18,4% em 2018, o que mostra que, mesmo sem se dar conta, muitas vezes optamos por produtos estrangeiros que apresentam melhor custo-benefício.
No período de final de ano, com a Black Friday e as promoções natalinas, a tendência de compra de importados é ainda maior. Entretanto, o cenário atual de pandemia e crise financeira pode afetar essa tendência. A alta do dólar, que chegou a subir 34,3% neste ano, e a inflação crescente vêm dificultando a compra de produtos estrangeiros.
Segundo a advogada e especialista em comércio exterior Melina Hidalgo, apesar dessas dificuldades os brasileiros não deixaram de comprar importados, mas passaram a ter de pesquisar mais.
Para os lojistas, a decisão de importar produtos para revenda deve ser tomada com muita cautela. Algumas precauções são necessárias para que não se corra o risco de ter o produto embargado pela alfândega, causando atrasos na liberação que podem comprometer totalmente o planejamento de vendas.
“Se, por exemplo, determinada loja está se preparando para realizar importações para o Natal, ele terá que solicitar no mês de janeiro, para em torno de março tudo estar correto para o fim do ano, pois podem ocorrer eventuais atrasos”, explica Melina.
Segundo Melina, na hora de um cliente escolher a loja em que irá comprar seus produtos, ele procura um diferencial que outras não possuem e é nesse momento que há a oportunidade de conquistar o consumidor, pela qualidade. Portanto não basta ter produto e preço, é preciso ter atendimento de qualidade. Na decisão de compra são levados em consideração o tempo de atendimento e a assistência, pois “todos podem ter problemas, o importante é saber como lidar com isso”.
Apesar do crescimento das vendas online, a loja física ainda é determinante para as vendas. Melina explica que o comportamento do cliente é diferente nos dois casos. Nas lojas físicas, encontramos o público que gosta de ter seu produto na mão e não deseja esperar para isso, e acaba muitas vezes comprando algo na emoção do momento, sem pensar muito.
Já no caso dos clientes de lojas virtuais, “mesmo com conteúdos e serviços a um clique de distância, se resume às pessoas que gostam de pesquisar bem antes de realizar sua compra e que tem sempre à disposição atualizações de suas mercadorias em tempo real e diversas opções para escolha”, completa.
Melina Hidalgo falou sobre o assunto na palestra Precauções e diferenças entre a venda física e virtual, realizada no último dia 27.11.2020, com mediação da professora da Escola de Comunicação e Negócios da Uninter, Angela Kochinsky Tripoli. O bate-papo fez parte da Maratona Venda + na Black Friday, transmitida ao vivo no canal do Youtube do Grupo Uninter.
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Gerd Altmann/Pixabay