Variantes do coronavírus causam preocupação no Brasil
Autor: Poliana Almeida – Estagiária de JornalismoDe acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, no dia 26.jul.2021 havia 169 casos registrados da variante Delta do coronavírus espalhados pelo Brasil. Essa cepa do vírus é mais transmissível e vem tirando o sono das autoridades sanitárias. Para entender o problema das variantes é preciso conhecer o comportamento dos vírus.
“O vírus precisa da proteína de membrana para que ele possa se ligar na célula e entrar nela. Quando ele entra na célula, ele vai mandar o material dele para que as nossas células comecem a trabalhar esse tipo de informação, advinda do material do vírus, para produzir proteínas contra o vírus. A célula vira uma fábrica do vírus. E aí está o perigo, porque não existe um controle de qualidade. Não existe algo que controle e evite que essa produção de mais vírus não produza erros. E são esses erros durante a produção de novos vírus que vão gerar as variantes”, descreve o coordenador do curso de Biomedicina da Uninter, professor Benisio Ferreira da Silva Filho.
O docente alerta que essa produção de “erros” do vírus, ou seja, a criação de novas variantes, é um processo normal e não acontece só para o SARS-CoV-2. Entretanto, em plena pandemia, é preciso manter o nível de vacinação em alta para, consequentemente, diminuir a presença de mutações virais. “Quanto mais rápido nós continuarmos vacinando as pessoas, independentemente do tipo de vacina, aumentaremos nossa imunidade contra o SARS-CoV-2. Primeiro, vamos diminuir as mortes e depois o número de pessoas que irão começar a transmitir esse vírus e, matematicamente, a gente vai diminuir o número de variantes também”, explica Benisio.
Segundo o coordenador, além da Delta, as variantes que já foram encontradas no Brasil são as seguintes:
- Alfa (Reino Unido)
- Beta (África do Sul)
- Gama (conhecida como variante P1)
- IOTA (Estados Unidos)
- LAMBDA (Peru)
- TETA (Filipinas)
- KAPPA (Índia)
- ZETA (conhecida como P1 Carioca)
- ETA (Reino Unido)
- EPSILON (Estados Unidos – é a única, até agora, que não responde a nenhum imunizante criado)
Por mais que o assunto cause preocupação, Benisio acredita no potencial de vacinação do território brasileiro. “Estamos com um nível de tecnologia que permite que a gente não só detecte uma variante que merece uma atenção maior, como temos tecnologia para reverter esse quadro. Então o que devemos fazer? Vamos continuar fazendo o que a gente faz de melhor: vacinar. O Brasil é mestre nisso”, finaliza.
O programa Sua Saúde, da Rádio Uninter, debateu o tema “Variantes da Covid-19” no dia 27.julho.2021. Com mediação de Bárbara Carvalho, a conversa pode ser vista na íntegra clicando neste link.
Autor: Poliana Almeida – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro