Vai até 5ª a exposição na Escola de Belas Artes
Para comemorar os 70 anos da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), o local está realizando uma série de exposições entre os dias 2 e 10 de maio, às 18h, na galeria EMBAP, Rua Francisco Torres, 253, bem no centro de Curitiba (PR). Aos interessados, as atividades estão abertas ao público. A exposição TEMPO fragmento ESPAÇO faz parte das atividades realizadas pela instituição.
Entre os trabalhos que serão apresentados nesta mostra, estão as obras das professoras Carla Nardes e Andréa Bertoletti, além de mais outros sete artistas. As professoras são tutoras na modalidade de educação a distância no curso de Licenciatura em Artes Visuais da Uninter, e fazem parte do grupo de ex-alunos da EMBAP, que disponibilizaram obras autorais para serem expostas.
“É uma experiência importante, porque a gente está revendo os colegas depois de tantos anos, voltando a fazer uma produção coletiva. São nove alunos que se formaram na Escola de Música e Belas Artes em 1995, no curso de bacharelado em gravura. E em comemoração, os alunos montaram essa exposição dentro do evento que está tendo várias iniciativas em comemoração ao Belas”, diz Andréa.
“É bacana o fato de voltar a encontrar os colegas e ver a realidade da escola, que deixa muito a desejar. Às vezes a gente vê até que é necessário ter políticas públicas mais assertivas para poder dar apoio à faculdade. Mas apesar disso, é muito bacana retornar”, explica Carla.
A proposta de exposição era de que os artistas escolhessem uma gravura da década de 1990, época em que os ex-alunos se formaram, e a partir disso produzir algo atual ou uma releitura que, segundo as professoras, iria transpor uma técnica que é tradicional para uma leitura diversificada. Os atuais alunos dos cursos da EMBAP também participaram da atração como monitores do local, para informar sobre as obras e artistas ao público.
A respeito do trabalho exposto, a professora Carla explica que optou por realizar um trabalho utilizando a fotografia digital e a xilogravura tradicional durante a sua obra intitulada Fases do Ser. “Depois que fiz a fotografia da xilogravura, utilizei efeitos em aplicativos como o paint e daí usei em monóculos”, diz.
Já a professora Andréa fala que contribuiu para a exposição com o vídeo-arte denominado Fluxo. “Busquei uma linguagem um pouco diferente do que o trabalho tradicional da gravura, então no vídeo está gravada a imagem da gravura antiga, mas com a ideia de inserção de novos elementos e da questão da imagem em movimento”, relata.
Autor: Talita Santos – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal