Uso da tecnologia na educação especial facilita comunicação de alunos com paralisia cerebral
Autor: Thiago Dias - estagiário de jornalismoCom o objetivo de apresentar um aplicativo móvel que contribua para o ensino voltado à estudantes diagnosticados com Paralisia Cerebral (PC), as autoras Thaiane Firmino da Silva, Maria Thaís Firmino da Silva e Genilma Firmino Santos da Silva desenvolveram artigo científico que mostra dificuldades e limitações nos processos de ensino e aprendizagem de crianças que cursam as séries iniciais do ensino fundamental.
A pesquisa das autoras revela, através de dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Paralisia Cerebral (ABPC), que a Paralisia Cerebral é a deficiência mais comum na infância. Caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento cognitivo e motor, a Paralisia Cerebral apresenta variações em decorrência de estar diretamente ligada à extensão do dano neurológico.
Na parte cognitiva da criança, as alterações envolvem aspectos como problemas na fala, no comportamento, na interação social e no raciocínio. No que tange à parte motora, podem ser externalizados problemas como paralisia das pernas, fraqueza em um dos lados do corpo e contração involuntária dos membros. Existem ainda casos em que há necessidade de uso de cadeira de rodas.
Alunos com Paralisia Cerebral e sem comunicação efetiva tendem a se tornar passivos e dependentes da atenção de outras pessoas. Segundo as autoras, “podem apresentar rejeição ao conhecimento, uma vez que, apesar de compreenderem tudo o que passa ao redor, não podem comunicar seus sentimentos e opiniões a respeito”.
Apesar dos desafios, a tecnologia pode ser uma grande aliada para oportunizar que esses estudantes expressem suas habilidades, dúvidas e necessidades, além de contribuir com os profissionais da área de educação. O artigo destaca as oportunidades de uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), dentre elas o destaque é o software mobile Livox. Eleito pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o melhor aplicativo de inclusão social do mundo, o Livox se enquadra como recurso de Tecnologia Assistiva, por permitir que pessoas com dificuldade de fala se comuniquem através de figuras.
As autoras reforçam que o uso de novas tecnologias na educação não prejudica os profissionais da área. “Isso, somado à sensibilidade para observar o aluno em situações escolares e interpretar as necessidades por ele apresentadas, poderá contribuir para a assertividade em relação à seleção das ferramentas e recursos a serem agregados aos processos de ensino e aprendizagem e, consequentemente, às práticas escolares”, referindo-se ao uso do Livox.
O artigo ‘TDICs, mídia-educação e software mobile nos processos de ensino e aprendizagem de estudantes diagnosticados com paralisia cerebral’ foi publicado na Revista Uninter de Comunicação, um dos nove periódicos científicos na Uninter e você pode acessar o artigo completo neste link.
Autor: Thiago Dias - estagiário de jornalismoEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay