Uninter marca presença no Festival Internacional de Flautistas
Autor: Leonardo Túlio Rodrigues - Estagiário de Jornalismo
Entre os dias 28 de junho e 1º de julho de 2023, a pequena cidade de Paraty (RJ) recebeu um dos mais importantes eventos do sopro, o Festival Internacional de Flautistas. Localizada entre os estados de Rio de Janeiro e São Paulo, a cidade histórica marcada pela arquitetura colonial portuguesa foi o ponto de encontro de artistas, estudantes e apaixonados por música na realização da 19ª edição do evento.
“O clima desse festival foi incrível, a cidade foi muito acolhedora, os encantos dessa edição vão ficar na memória de todos os que participaram”, afirma a coordenadora de pós-graduação e regente da Orquestra Uninter, Valentina Daldegan, que marcou presença no festival.
Além de docente e regente, Valentina é flautista e ocupa o cargo de diretora da Associação Brasileira de Flautistas (ABRAF), instituição responsável pela organização do festival. “Fazer parte da organização de um evento como esse é gratificante”, diz. Durante os quatro dias de evento em Paraty, Valentina também participou de diversas atividades, como um concerto flauta-violão junto ao violonista Orlando Fraga e apresentações em conjunto com outros músicos.
O Festival Internacional de Flautistas acontece há mais de três décadas e já foi sediado em diversas cidades do Brasil. Neste ano, a organização promoveu masterclasses, workshops, concertos e oficinas destinadas à música popular, contemplando o choro e o pífano, além da presença de luthiers (construtor e reparador de instrumentos) de bocais e comerciantes de flautas. Para além da prática musical, o festival organizou um espaço científico para que alunos de mestrado e doutorado pudessem expor seus trabalhos e compartilhar conhecimento.
“Eu participava de muitos festivais internacionais no Peru, Equador, e muitos músicos queriam vir para o Brasil para se apresentar. Foi ali que surgiu a associação e o festival”, conta Celso Woltzenlogel, flautista e fundador da ABRAF. “Com muito sacrifício, realizamos o festival deste ano. E o balanço foi muito positivo, tivemos participantes de alto nível”, ressalta.
Os concertos, abertos ao público, aconteceram em locais tradicionais de Paraty, como a Igreja do Rosário, o SESC Santa Rita, a Casa da Cultura de Paraty e a igreja matriz da Cidade. As ruas da cidade também foram palco de apresentações e do cortejo de pife, instrumento de sopro feito a partir do bambu.
Festival atrai músicos do mundo inteiro
De acordo com o Presidente da Associação Brasileira de Flautistas (ABRAF), Sérgio Morais, “a importância de festivais como esse está em congregar flautistas em prol de um único assunto, a flauta”. Apesar de proporcionar somente hospedagem e alimentação aos músicos, o Festival Internacional de Flautistas atrai artistas dos mais diversos lugares do País e do mundo.
Diretora administrativa de Cultura de Paraty, Rosana Gonçalves expressa o peso cultural do evento para o município. “O intercâmbio cultural proporcionado é de suma importância e de significado singular, tanto para os artistas como para o público da cidade, contribuindo também para o fortalecimento do destino cada vez mais”, diz.
Entre as atrações nacionais, destacam-se a Orquestra Sinfônica de Paraty, o flautista Leandro Oliveira (Tigrão) e o Quarteto De Flautas da Bahia. A pianista cubana Malva Rodríguez González e os flautistas Marco Granados (Venezuela), Niurka González (Cuba) e Patricia Nagle (França) também estiveram presentes no evento.
A ilustre presença de Marie Thérèse Odette Ernest Dias também chamou a atenção de todos. Aos 94 anos, a flautista de origem francesa, que aos 20 anos passou a integrar a Orquestra Sinfônica Brasileira e a Orquestra Sinfônica Nacional, ainda faz questão de comparecer ao festival e prestigiar diferentes gerações de flautistas.
Flautistas visitam polo da Uninter em Paraty
Localizado na região periférica do município, o polo da Uninter em Paraty recebeu a visita de oito flautistas que estavam na cidade para participaram do Festival Internacional. Durante a visita, os músicos se apresentaram para a comunidade local e incentivaram o comparecimento de todos aos eventos proporcionados pela organização do festival.
Valentina afirma que a população de Paraty atendeu ao pedido e ajudou a lotar os espaços de concerto espalhados por toda a cidade. “Buscamos integrar a comunidade local com o público do festival, incentivando-os a assistir aos concertos e convidando grupos locais para participar tocando junto com solistas nacionais e internacionais”, reitera.
Autor: Leonardo Túlio Rodrigues - Estagiário de JornalismoEdição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Rogério Acioli
