Uninter lança curso de Gestão de Cooperativas

Autor: Gustavo Henrique Leal - Estagiário de Jornalismo

Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter lançou seu novo curso de Gestão de Cooperativas em 16 de novembro de 2022. O evento ocorreu no Campus Garcez, em Curitiba (PR), e apresentou as diretrizes do cooperativismo para os participantes presenciais e a distância via transmissão ao vivo.

Segundo dados do AnuárioCoop (Dados do Cooperativismo Brasileiro), o Brasil conta com 4.880 cooperativas ativas em 2022, com o setor crescendo a cada ano. O número de pessoas ligadas a essas iniciativas chega a 18,8 milhões de pessoas, 10% a mais de que 2020. Os cooperados já representam 8% da população brasileira, mas afinal, o que é e quais os princípios e valores do cooperativismo?

O cooperativismo é um modelo no qual uma organização com diversos membros de grupos sociais ou econômicos se juntam em torno de um mesmo objetivo. Todos que trabalham ali são donos dos próprios negócios e buscam um lugar mais justo e equilibrado. Nessa prática, um quesito importante é acreditar que ninguém perde, se constituindo como um tipo de empresa formada por pessoas, não mero capital.

“Tratar do cooperativismo requer a responsabilidade maior porque se constitui em um sistema, um movimento, uma estratégia, uma tipologia de organização capaz de responder aos mais complexos desafios da sociedade na vida atual. Vivemos transformações, inovações, mudanças nunca vistas em nossa trajetória histórica, e o cooperativismo nos coloca como pessoas no centro deste processo. Por isso tratar do cooperativismo é tratar da vida, é tratar da inclusão, é tratar, portanto, do desenvolvimento onde todos têm lugar à mesa e onde todos têm direito a contribuir com a sua decisão”, explica o doutor Pedro Luís Büttenbender.

Para compreender mais sobre o tema, o cooperativismo tem foco sobre sete determinados princípios. São eles:

  1. Adesão voluntária e livre: as cooperativas são abertas a todos que queiram participar, sem nenhum tipo de discriminação, desde que tenham seus objetivos econômicos e assumam as responsabilidades;
  2. Gestão democrática: as organizações cooperativas são comandadas por todos seus membros, que ajudam na criação de políticas e nas decisões importantes, todos os representantes também são eleitos por votação;
  3. Participação econômica dos membros: todos os membros contribuem de modo igualitário para o capital da organização. Os excedentes da empresa podem ser destinados como benefícios aos membros, apoio a outras atividades aprovadas pelos cooperados ou para o desenvolvimento da própria cooperativa;
  4. Autonomia e independência: as cooperativas são organizações autônomas que devem assegurar o controle democrático em caso de parcerias de empresas públicas ou privadas;
  5. Educação, formação e informação: as cooperativas devem promover educação e formação para seus membros a fim de que todos contribuam para o crescimento e desenvolvimento da empresa;
  6. Intercooperação: cooperativismo é trabalhar em conjunto, sempre coletivamente. Quando duas cooperativas se juntam, dão mais força ao movimento e são mais eficazes;
  7. Interesse pela comunidade: o auxílio à comunidades é algo muito natural e que sempre acontece nas cooperativas.

“Como o tema da nossa palestra é sobre princípios e valores, trago aqui três dos princípios mais originais do cooperativismo: cooperação, ou seja, o valor da cooperação, da ajuda mútua e da solidariedade; outros valores presentes são o da igualdade e também da equidade, ou seja, na participação econômica do associado o associado tem direito equitativamente a sua participação na cooperativa, se ele ajudou a gerar a sobra, ele vai ter direito proporcional a isso. Se ele não operou com a cooperativa ou operou menos, ele terá menos acesso a esta sobra, portanto a equidade também nos múltiplos entendimentos da igualdade universal, mas o tratamento equitativo no ambiente cooperativo”, complementa Büttenbender.

As cooperativas se destacam em muitos ramos, sendo as principais agropecuária, saúde, transporte, ramos de consumo e infraestrutura. Com base nesses valores e princípios, as cooperativas acabam se destacando das demais empresas por buscarem um mundo melhor, investindo nas comunidades de maneiras democráticas e sustentáveis.

Para se alcançar este mundo, há de se seguir o que as primeiras cooperativas já seguiam. Segundo o professor Leonardo Boesche, as características desse mundo seriam: uma governança corporativa, uma economia colaborativa e compartilhada, seguir a ideia do consumo consciente e seguir a lei geral de proteção de dados pessoais (LGPD) para maior segurança dentro das mídias sociais.

O grande diferencial de uma sociedade cooperativa e uma sociedade empresária é a lógica da cooperação que visa um aspecto de união, tendo o foco geral nas pessoas, para que com seus esforços consigam seus resultados.

Segundo Boesche, essa participação dos associados é também o que define o sucesso das cooperativas. “A base de sucesso de uma cooperativa está na participação ativa dos seus cooperados em todas as suas ações. É importante que o associado tenha participação, conheça a cooperativa e participe ativamente dessas decisões. É dessa forma que vai tornar a cooperativa muito forte”, afirma.

O curso de tecnologia em Gestão de Cooperativas da Uninter tem duração de dois anos. O tecnólogo formado na graduação é o profissional que planeja e gerencia as atividades de cooperativas e seus respectivos negócios. Para mais informações a respeito do curso, clique neste link.

Para entender mais sobre o curso e as cooperativas paranaenses, confira a transmissão Novas tendências de gestão: Princípios e Valores do Cooperativismo. O evento teve a mediação dos professores Rodrigo Berté e Claúdio Aurélio.

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Autor: Gustavo Henrique Leal - Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Reprodução YouTube


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