Uninter grava mil aulas com Libras em apenas 8 meses
A redação do Enem deste ano surpreendeu estudantes e professores ao discutir os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. O tema, no entanto, não deveria ser tão surpreendente diante da conquista de direitos e do aumento das matrículas de pessoas com deficiência no ensino superior, que chegou a 518% de alta entre 2004 e 2014, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação.
Antevendo esse crescimento e visando a integração de alunos especiais ao ensino superior, a Uninter criou em 2005 o Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (SIANEE). Por meio deste serviço, atualmente a Uninter presta atendimento educacional especial para 520 alunos de cursos presenciais e a distância espalhados por todo o Brasil.
Um dos serviços prestados pelo departamento são as gravações de aulas na Língua Brasileira de Sinais (Libras). No início, as aulas eram gravadas com os intérpretes de Libras dividindo um estúdio com os professores da instituição. Desde março deste ano, o setor conta com dois estúdios destinados exclusivamente para as gravações dos intérpretes de Libras.
Além de celebrar a acessibilidade dos alunos com deficiência, o SIANEE está em clima de festa pois chegou à milésima aula gravada. Isso equivale a uma produção média de 125 aulas gravadas por mês, ou seis por dia, considerando apenas os dias úteis desde a primeira gravação, em 15 de março.
“É muita satisfação chegar a milésima aula. Sentimento de dever cumprido, de desafio vencido, de competência. Chegar a esta marca em tempo tão curto foi resultado de muita organização e sinergia da equipe”, diz a criadora e coordenadora do SIANEE, Leomar Marchesini.
Sobre o futuro, Leomar diz que o plano é continuar com a qualidade conquistada e aprimorar tudo o que for possível em termos de tecnologia. “Se colocarmos em números, pretendemos bater a marca de três mil aulas para o ano de 2018”, prevê a coordenadora.
Autor: Camila Toledo – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: SIANNE/José Rafael Lunkes