Um prêmio para quem desvenda os enigmas dos céus

Calcular o tamanho do universo, medir a distância entre a Terra e a Lua e contar o número de estrelas no céu são coisas que instigam e desafiam o nosso imaginário. A astronomia faz mais do que imaginar, ela engloba estudos voltados a descobrir a origem de tudo relacionado ao universo. No início do mês, 135 estudantes mostraram que entendem bem do assunto e receberam medalhas após se destacarem na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG).

A mostra e a olimpíada são provas que testam o conhecimento geral dos alunos do ensino fundamental sobre astronomia e temas correlatos. Durante a entrega das medalhas, os alunos puderam conferir em primeira mão um projeto elaborado pelo Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter. Os estudantes utilizaram óculos de realidade virtual sobre astronomia indígena.

Para o professor do mestrado e doutor em astronomia Germano Afonso, o alto número de medalhistas nas provas mostram que a astronomia está se fazendo presente nas salas de aula. Um dos motivos para isso seria o projeto realizado no ano passado pela Uninter e a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba (SME).

Esta parceria resultou no curso “Astronomia intercultural para educação básica”, que é disponibilizado para professores da rede municipal e tem o intuito de incentivar educadores e alunos a se envolverem com a astronomia.

Segundo o professor Germano, o assunto ainda não é muito explorado devido à falta de aprofundamento na formação acadêmica. “Na parte de ciências e tecnologia, a astronomia é a parte mais fraca porque os professores em geral não tiveram astronomia nos cursos de graduação”, diz.

Além disso, o professor explica que o curso de formação tem crescido visivelmente. Em 2016, participaram cerca de 30 professores e neste ano já são 80 profissionais. “Fico muito feliz de ver os resultados que estamos alcançando. Mais do que as medalhas, é o interesse que cresceu em estudar”, diz.