Uma incursão didática pelo segundo maior porto do Brasil
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Ao comprar algo pela internet ou quando usamos determinado ingrediente no almoço de fim de semana, não costumamos pensar em como aquela mercadoria chegou até a nossa casa. Se você comprou alguma coisa da China, por exemplo, é possível que tenha entrado no Brasil por algum porto marítimo. Se você mora no Paraná, a mercadoria talvez tenha chegado em um dos navios que atracam no porto de Paranaguá, o segundo maior e mais importante do Brasil.
Mas o mais provável é que a carne posta na mesa de europeus e asiáticos, por exemplo, tenha passado pelo Porto de Paranaguá, onde predominam as exportações, bem diversificadas, como no caso da carne, do frango, de soja e seus resíduos, carros. Por este porto passam embarcações com importações e exportações que chegam ou que vão para países como China, Argentina, Estados Unidos, entre outros.
O movimento financeiro do Porto de Paranaguá equivale a um terço do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná, hoje em torno de R$ 400 bilhões. O porto é referência na exportação de soja e importação de fertilizante. Além disso, produtos como óleo vegetal, açúcar, carros, diesel, soja e contêineres com diversos itens também passam pelo porto. Ele tem a capacidade para armazenar 1,7 milhão de toneladas em contêineres com exportações e 3 milhões de toneladas em importações.
No último fim de semana, alunos de cinco cursos da Uninter participaram de um passeio para aliar a teoria à prática durante visita ao Porto de Paranaguá. Participaram os alunos dos cursos de Relações Internacionais, Comércio Exterior, Logística, Ciências Contábeis e Jornalismo. Segundo a coordenadora do curso de Comércio Exterior, Ângela Cristina Kochinski, passeios como este são costumeiros para que os estudantes não fiquem apenas com a teoria da sala de aula. O último havia sido realizado no Aeroporto Afonso Pena.
“Isso serve para acrescentar a importância de conhecer o porto e toda a logística para terem ideia da dimensão que é uma exportação e como funciona uma importação. Os alunos acham que é só sair de um país e levar até o outro, mas não sabem de que forma. Aqui, o diretor comercial do porto [André Lobo] explicou que tem todo um custo quando exporta, quando tira o contêiner e coloca no navio. Enfim, ele explicou como funcionam as coisas”, diz Ângela.
O aluno de Relações Internacionais Samuel Henrique Santos explica que a visita foi boa para aprender os processos na prática e fala aos risos que pretende voltar mais vezes, principalmente para tentar conseguir um trabalho. “Esses passeios acrescentam de diversas maneiras, pois tudo é muito mais do que você aprende em sala de aula. Tem coisas que no livro não tem e a gente só vai ver e aqui, com pessoas que vivem isto 24 horas por dia. Eles têm a experiência empírica e isso é bem explicativo”, diz o também aluno de Relações Internacionais Arthur Régis Nunes.
“Muitas vezes a gente depende de tudo o que acontece aqui e nem sabe como funciona. Achei bem interessante e é um incentivo a mais nos nossos cursos para saber o que se faz e como trabalhar. Às vezes a gente não tem a noção do quanto é grande e importante exportar e importar. Tudo depende do porto”, diz a aluna Comércio Exterior Bruna Almeida.
Autor: Talita Santos – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Talita Santos - Estagiária de Jornalismo