Um simulado para entender de política sem dissimulação
Dois assuntos em debate no Congresso Nacional e que ainda causam controvérsias entre as pessoas são a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 33/2012), que visa reduzir a maioridade penal, e o Projeto de Lei (PL 5.587/2016), que trata da regulamentação do transporte público individual, como o Uber. Os dois temas foram discutidos durante o Simulado de Política (SIPOL), evento que está na sua 5ª edição e é organizado pelos alunos do curso de Ciência Política da Uninter em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Prática em Ciência Política (NuPP-CiPol).
Segundo a professora de Gestão Pública, Jurídica e Política da Uninter Audren Marlei Azolin, a simulação garante aos alunos uma experiência prática multidisciplinar, motivando a arte da negociação, da retórica e da pesquisa. “Concretizam conhecimentos de forma a conjugar teoria e prática num mesmo evento. Outro fator importante a ser destacado é o incentivo à pesquisa e a busca de conhecimento científico. Os participantes são envolvidos nos trâmites da construção de projetos de lei e na apreciação de suas propostas”, diz Audren.
O evento foi voltado aos alunos de Ciência Política e Relações Internacionais. Porém, os estudantes do curso de Jornalismo participaram na cobertura do evento. O SIPOL ocorreu na Uninter do campus Tiradentes e do Divina, em Curitiba (PR), no final do mês de novembro. Foram aproximadamente 60 participantes.
Algumas das atividades desenvolvidas foram a sessão plenária para a indicação dos presidentes e relatores de comissões, a escolha dos temas e a ordem em que foram colocados para votação e a plenária final para a divulgação dos resultados da indicação dos líderes, além dos discursos para persuadir as bancadas. Depois disso foi feito a votação e, por fim, foi divulgado o resultado do concurso de melhor deputado e deputada da casa, com participantes indicados pela organização e por professores.
Aluna e organizadora do evento, Maiane Bittencourt explica que participar de algo assim é colocar em prática tudo o que aprendeu nas aulas. Para ela, foi um grande aprendizado saber como falar com as pessoas, organizar um evento e também como funciona um processo legislativo.
“A política cada vez mais necessita de profissionais qualificados e a Ciência Política tem muito a contribuir para essa qualificação, em especial para aqueles que assessoram os deputados. Entendemos que a importância do cientista político para o gabinete parlamentar é contribuir para excelência das três funções do Parlamento, logo, do parlamentar: legislar, representar e fiscalizar/supervisionar”, diz Audren.
Autor: Talita Santos – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Talita Santos - Estagiária de Jornalismo