Tutoria humanizada é essencial na educação a distância
Autor: Matheus Pferl - Estagiário de JornalismoNa educação a distância, o trabalho da tutoria é tão importante quanto o do professor. O tutor é responsável por estreitar laços com estudantes e acompanhá-los ao longo do processo de aprendizagem. Para isso, é necessário criar empatia para que os alunos se sintam acolhidos.
A tutoria humanizada foi o tema principal de debate no último dia da Semana Pedagógica da Escola Superior Politécnica, com uma palestra ministrada pelo docente Gladisson Silva da Costa, tutor dos cursos de Letras e História da Uninter.
O atendimento humanizado parte do princípio de que não basta dar respostas rápidas e corretas às demandas do estudante, é preciso que a comunicação seja também empática. Mensagens “ásperas”, “frias” e “insensíveis” podem aos poucos desmotivar e desanimar os alunos. “No presencial nós temos o olhar e o comportamento, que podem ajudar. Já na tutoria online é mais complicado, pois nós temos apenas o texto, por isso é necessário humanizar. A própria escolha das palavras, ‘prezado aluno’ ou ‘querido aluno’, muda completamente, chamá-lo pelo nome já é uma grande diferença”, completa Gladisson.
É muito importante ficar atento às “pistas emocionais” para tentar entender os sentimentos e tentar se solidarizar, mesmo diante de comportamentos grosseiros. “Por vezes ocorre que os alunos vêm com agressividade e depois saem envergonhados”, afirma o tutor. A tutoria humanizada se preocupa não somente em passar a informação correta, mas em tentar aliviar as dores dos alunos e fazer com que eles confiem e estejam satisfeitos nessa relação com a instituição.
Gladisson explica que “o grande problema que muitas vezes passa batido é que não é dada uma resposta ao aluno que faça frente ao sentimento que ele demonstra na tutoria. Muitas vezes a resposta é burocrática e o problema não é resolvido, há que se ter uma sensibilidade para que o trabalho não saia pela metade.”
Após a palestra, seguiu-se uma mesa redonda comandada pelos professores Guilherme Lemermeier Rodrigues e Ricardo Alexandre Deckmann Zanardini, que relataram casos interessantes ocorridos nas tutorias da escola. “Temos que trabalhar de forma amigável, mas sempre dentro das regras, ser sempre honesto, por mais que essa honestidade choque um pouco. É importante explicar bem, por mais que às vezes o aluno possa ficar chateado, tem coisas que não é possível fazer. Muitas vezes dizemos ‘sim’ ou dizemos ‘não’, mas a forma de como dizer é que muda tudo”, afirma Deckmann.
Um aluno pode pedir para arredondar uma nota, por exemplo, e cabe aos tutores dizer, com todo o carinho, que não é correto e que ele tem a oportunidade de passar no exame final. Futuramente, esse aluno vai entender e agradecer. Essa honestidade é vista como um pilar na relação, e por mais que às vezes os alunos não recebam a resposta desejada, cabe aos tutores explicar o porquê, e de uma maneira humanizada.
O evento de quinta-feira (11.fev.2021) marcou o último dia da Semana Pedagógica da Escola Superior Politécnica da Uninter.
Autor: Matheus Pferl - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Vanessa Garcia/Pexels
Olá tudo bem? Espero que sim :)
Adorei seu artigo,muito bom mesmo!
Abraços e continue assim.
Conteúdo fantástico! Muito informativo e bem escrito.
Parabéns pela qualidade!