Turbilhão emocional: a intensidade da peça “Apenas o Fim do Mundo”
Autor: Maria Vitória de Paula Carsolina - especial para CNUNos últimos dias, o Palácio Garibaldi foi o cenário de uma experiência teatral singular e cativante com a peça “Apenas o Fim do Mundo”, apresentada pelo renomado grupo teatral Magiluth, diretamente de Recife – Pernambuco. Nos dias 03 e 04 de abril, com uma última e explosiva apresentação agendada para o dia 05 de abril, a obra deixou o público em êxtase, mergulhado em sua profundidade emocional e intensidade avassaladora.
Forjada ao longo de cinco residências artísticas em diferentes rincões do Brasil, “Apenas o Fim do Mundo” abriu suas portas ao público durante todo o processo de criação, proporcionando uma visão íntima e visceral da sua gestação. Esta abertura permitiu ao público não apenas testemunhar o resultado final, mas também se maravilhar com o árduo trabalho e a dedicação incansável dos artistas envolvidos.
A trama da peça gira em torno de Luiz, um homem que retorna à morada de sua família para comunicar-lhes que está próximo da morte. Após anos de afastamento, Luiz sente que é hora de voltar e compartilhar pessoalmente essa notícia com seus entes queridos. Ao reencontrar a mãe, a irmã, o irmão e, finalmente, conhecer a cunhada, Luiz se depara com o desafio de se comunicar, de expressar quem ele é, seus anseios e dores, mas opta por permanecer em silêncio, apenas ouvindo. Essa dinâmica é o cerne da peça, onde mesmo sem palavras, há uma explosão de emoções e significados.
Sob a direção magistral de Giovana Soar e Luiz Fernando Marques Lubi, com a assistência vital de Lucas Torres, a peça brilha intensamente graças ao talento inegável dos atores Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral e Pedro Wagner. A dramaturgia de Jean-Luc Lagarce, traduzida com maestria por Giovana Soar, dá vida a uma história comovente e universal, que ecoa profundamente com o público.
“Apenas o Fim do Mundo” não é meramente uma peça teatral, é uma experiência sensorial que penetra fundo na alma do espectador. Com performances arrebatadoras e uma narrativa envolvente, esta obra continua a emocionar e instigar reflexões mesmo após o seu término.
As Mostras Lucia Camargo e Fringe do 32º Festival de Curitiba são patrocinadas pela Uninter e vão até dia 7 de abril. A Central de Notícias Uninter (CNU) e a Agência Mediação seguem com a cobertura do evento.
Autor: Maria Vitória de Paula Carsolina - especial para CNUEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Humberto Araujo (@humbertooaraujo)