Três tempos para um bolso feliz: passado, presente e futuro 

Autor: *Marcos José Valle 

Fim de ano é tempo de reflexões e celebrações. Chegam Natal, Réveillon, confraternizações com amigos, familiares, colegas — e, claro, os gastos que acompanham cada um desses momentos. Para muitos, o tão esperado 13º salário surge como um sopro de alívio financeiro, mas, se não bem planejado, pode ser uma armadilha que alimenta o ciclo do descontrole. Então, como equilibrar as demandas sociais e financeiras sem comprometer o bolso — e a paz de espírito? Vamos explorar o passado, presente e futuro com a leveza de um clima natalino e a seriedade do mundo real de quem preza pela boa administração de recursos. 

Passado: resgatar lições para evitar o fantasma das dívidas 

Eric Hobsbawm, renomado historiador, uma vez pontuou que o progresso não é linear, mas a lição do passado é um guia poderoso para os desafios do presente. Assim, ao olhar para o ano que passou, lembre-se das dívidas contraídas: elas foram fruto de escolhas conscientes ou de impulsos passageiros? Melhor que as memórias sejam de experiências valiosas ou aquisições úteis do que de dívidas atrasadas, que só agravam sua saúde mental e financeira. Revise sua trajetória, quite pendências e aprenda com o passado, para que ele não assombre o presente. 

Presente: renovação como antídoto ao consumo desenfreado 

O desejo é um fogo que consome, mas o desapego é o alívio refrescante, ensina o budismo. A ceia pode ser farta, os presentes simbólicos e os momentos sinceros, sem que seu bolso implore por socorro. Modere os impulsos, ajuste expectativas e foque na renovação do seu olhar sobre o dinheiro. Comprar menos não significa oferecer menos; significa oferecer melhor — em presença, em afeto e em sensatez. 

Futuro: plantando hoje para colher amanhã 

Como bem nos lembra o bordão da série Futurama: Você pode questionar o futuro, mas ele certamente questionará você. Janeiro chega com boletos na bagagem: IPVA, material escolar, despesas de férias. Prepare-se agora para que o ano novo não comece com arrependimentos velhos. Crie reservas, cultive hábitos sustentáveis e lembre-se: A paciência é a chave para o alívio (ditado árabe). Pequenos passos constantes geram grandes transformações no tempo. 

O fim de ano pode ser cheio de significados e encontros, mas é também um convite à prudência. Prometer menos e planejar mais é a verdadeira renovação que um novo ciclo pede. Cuide do seu bolso, e ele cuidará para que você viva os momentos com leveza e sem culpas. Afinal, a constância na vida é a regra do bem viver — um aprendizado que vale mais do que qualquer presente de Natal. 

 

*Marcos José Valle é graduado em Ciências Econômicas, Graduando em Sociologia, Especialista em Filosofia, Mestre em Educação e Doutor em Sociologia. Além disso, é professor dos cursos de Graduação da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter. 

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Autor: *Marcos José Valle 
Créditos do Fotógrafo: Pexels e Arquivo Pessoal


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