Todos contra o trabalho infantil
Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de JornalismoO trabalho infantil compromete a integridade e a infância de 152 milhões de crianças em todo o mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Só no Brasil há 700 mil crianças e adolescentes em situação extrema de trabalho infantil.
Diante de números tão alarmantes, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a data de 12 de junho como Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Trata-se de um marco para alertar a comunidade em geral e os diferentes núcleos do governo sobre a realidade desta questão ainda muito presente no Brasil e no mundo.
Motivados pelo tema, os cursos de Serviço Social, Educador Social e Gestão das Organizações do Terceiro Setor da Uninter, promoveram na mesma data uma mesa redonda no campus Carlos Gomes, em Curitiba (PR), para debater o enfrentamento aos problemas do trabalho infantil e a exploração sexual de crianças e adolescentes. As discussões abarcaram ainda o tema da adoção.
O evento contou com uma bancada composta por profissionais ligados à área: Denise Erthal, coordenadora do curso de Gestão das Organizações do Terceiro Setor; Dorival da Costa, coordenador do curso de Serviço Social; Jandicleide Evangelista, coordenadora do curso de Educador Social; Mauri König, professor do curso de Jornalismo; e Jussara Gouveia, conselheira tutelar em Curitiba.
Cada um deles falou um pouco sobre seu trabalho e compartilhou experiências. Em seguida, os alunos que compunham a plateia presencial, e também os que acompanhavam o evento a distância com transmissão ao vivo, tiveram a oportunidade de fazer perguntas.
A mesa redonda foi uma oportunidade encontrada para oferecer aos alunos a intermediação da teoria com a prática, pois ao realizar um bate-papo com profissionais experientes, proporciona a possibilidade de vivenciar a questão.
A professora Jandicleide destacou que ainda não ultrapassamos o patamar da sensibilização: é preciso escancarar isso para a sociedade, mostrar que não podemos conviver com uma situação tão grave e vergonhosa como essa. König ressaltou o papel da mídia como uma ferramenta de auxílio nesta luta, e explicou como os jornalistas podem ser aliados, ajudando na defesa destes grupos sociais.
A professora Denise salientou ainda a importância de os cursos da área de humanidades promoverem reflexões sobre a condição humana em uma sociedade capitalista, voltada para o consumo. “Em uma sociedade onde as pessoas pensam tanto em si mesmas e em suas questões, é uma forma de despertar para que a gente consiga enxergar a necessidade do outro”, afirmou.
Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo