Tecnólogo em Gerontologia garante excelência por meio da afetuosidade

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

A população está envelhecendo mais rápido. Na América Latina, esse processo tem sido ainda mais acelerado. Não por acaso, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou a Década do Envelhecimento Saudável entre 2021 e 2030. De acordo com a segunda apuração do Censo Demográfico 2022, realizado pelo IBGE, a população de pessoas idosas, definida pelo Estatuto da Pessoa Idosa como aqueles que possuem 60 anos ou mais, contabiliza mais de 32,1 milhões de residentes no Brasil, um crescimento de 56% em relação à 2010.

“Um dos principais efeitos desta drástica mudança demográfica é que muitas pessoas idosas não têm acesso aos recursos necessários para desfrutar de uma vida digna, e muitas outras enfrentam múltiplos obstáculos para participar plenamente na sociedade”, aponta o portal da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Por isso, a principal estratégia para a Década do Envelhecimento está em “construir uma sociedade para todas as idades”.

Esse fenômeno faz com que a coordenadora do curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao idoso da Uninter, Maria Caroline Waldrigues, acredite “fielmente” que esta é a profissão do futuro. “O gerontólogo tem competências e habilidades para atuar de forma individual com essa pessoa idosa na prevenção de doenças, promoção e qualidade de vida e de saúde. Dentro de um consultório ou na casa da pessoa. A nível médio, junto com outros profissionais dentro das instituições, ou a nível macro, no incentivo de políticas, desenvolvimento de projetos de lei, projetos sociais, na educação”, afirma a profissional.

“As portas se abriram dentro da minha área”

A rápida e efetiva inserção no mercado de trabalho que o tecnólogo proporciona em dois anos de formação começa a refletir muitas vezes antes mesmo de pegar o diploma. Merlyn Costa de Jesus tem 36 anos, está no segundo ano de curso e em maio completou um ano como assistente operacional na Vivaz Cuidadores, instituição especializada em serviço de cuidador de idosos em domicílio. Antes disso, ela já atuava como autônoma, mas seu diferencial foi sempre “buscar conhecimento e estar presente nos assuntos abordados na área”.

Com uma formação anterior em Enfermagem, concluída em 2022, Merlyn mantinha uma formação contínua com cursos online na área de saúde do idoso e familiar. Foi durante uma live que ela escutou a palavra “gerontologia” pela primeira vez. A partir dali, começou uma busca por uma graduação na área e encontrou diversos elogios sobre o curso da Uninter ao pesquisar pela internet. Ela não só se matriculou na formação, vinculada ao polo Penha, no Rio de Janeiro (RJ), mas também se inscreveu para o Programa de Monitoria, conquistando a vaga pelo segundo ano consecutivo em 2024.

“As portas se abriram dentro da minha área em busca de uma oportunidade. Quando ingressei na Uninter fui abraçada. (…) A experiência do Programa de Monitoria está sendo incrível, conto com ensinamentos das professoras Carol [Maria Caroline Waldrigues] e Paty [Patrícia Candiotto, tutora do curso], que estão sempre dispostas a me ajudar a melhorar. Hoje não tenho mais medo de me expressar em público ou colocar as ideias no papel. A monitoria me ajudou dentro e fora da faculdade”, declara a estudante.

Merlyn participou do processo de avaliação e reconhecimento do tecnólogo em Gerontologia da Uninter, realizado pelo Ministério da Educação (MEC) entre os dias 08 e 10 de maio de 2024. O resultado veio com a conquista da nota 5, o conceito máximo do órgão. A estudante garante que “quem está nos bastidores sabe o quanto a coordenação e os alunos lutaram para conquistar. Me orgulho em fazer parte e sempre recomendo a Uninter”.

“É resultado de tudo o que a gente vem trabalhando no curso desde a criação dele. Isso diz que nós estamos no caminho, cumprindo os requisitos, de olho nos indicadores e, mais do que isso… Se temos uma trajetória bem delineada, consequentemente teremos alunos com uma formação adequada, com competências e habilidades para atuar no mercado de trabalho”, salienta Maria Caroline.

A coordenadora destaca que é um ganho não só para a área, mas que pode transformar também o status de vida dos formandos, já que as pessoas buscam uma formação justamente para alcançar outros lugares profissionais, de vida e que também ajudam a comunidade, na busca por um mundo melhor.

Uma “vontade insana pelo conhecimento”

Aos 48 anos, Katia Martins está na terceira graduação. A primeira formação deu início a uma carreira na área de Ciências Contábeis que durou até 2016. Com o desligamento do emprego, surgiu então a oportunidade de lecionar ginástica cerebral para pessoas de 04 a 90 anos de idade. Oportunidade que veio do magistério realizado no ensino médio e da experiência como professora no ensino básico.

“Sempre tive facilidade para me relacionar com pessoas idosas, geralmente algumas que nunca me viram me abordam em supermercado, por exemplo, apenas para conversar ou desabafar”, conta Katia, que ao ter contato com profissionais gerontólogos, logo despertou a curiosidade sobre a formação necessária para atuar.

Neste período, entre 2016 e 2017, ela não encontrava a graduação em Rio Grande (RS), onde mora. A Uninter lançou a formação em 2019, mesmo ano em que se deparou com uma propaganda da instituição. No entanto, ela estava grávida e conta que mais uma vez teve que engavetar o sonho.

Durante a licença maternidade, no ano seguinte, Katia vivenciou junto a pandemia da Covid-19 e o isolamento social. Viu ali a oportunidade de ingressar no curso na modalidade de educação à distância (EAD). “Pode parecer clichê, mas não procurei a EAD em nenhuma outra instituição, eu queria somente a Uninter”, lembra.

“Minha primeira experiência foi em uma universidade federal, totalmente presencial. Confesso que tinha meus receios quanto à EAD. Mas a Uninter não apenas me surpreendeu como confirmou o que eu já havia pesquisado: uma instituição séria, que está sempre em busca do melhor a oferecer”, afirma Katia.

Por isso, a estudante finalizou o tecnólogo em uma das primeiras turmas do curso e hoje compõe a primeira turma do bacharelado em Gerontologia, também no centro universitário. Katia atua como gerontóloga autônoma, presencial em uma clínica em que subloca uma sala e em domicílio ou online. A profissional faz estimulação e reabilitação cognitiva em idosos, realiza avaliação gerontológica, elabora parecer e plano de ação e faz encaminhamentos para profissionais de saúde de outras áreas.

“Considero como um diferencial o link perfeito entre a teoria e a prática. Durante o curso, fui motivada a pesquisar, me expressar, pelos professores que são altamente capacitados e engajados para fazer que criemos consciência do profissional que seremos após nossa formação. O suporte que a Uninter dá serve de base para a atuação após diploma”, garante.

Maria Caroline pontua que além das rotas de aprendizagem disponibilizadas no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Univirtus, os estudantes contam também com bibliotecas virtuais, canal de atendimento da Central de Mediação Acadêmica (CMA), canal da tutoria, manual do aluno em caso de dúvidas, acesso rápido a questões financeiras, aulas interativas, eventos de visibilidade para a sociedade, programas de pesquisa e monitoria, entre outros.

Durante a formação no tecnólogo, Katia participou do Programa de Iniciação Científica (PIC) como bolsista e elaborou o resumo expandido de uma pesquisa acerca do Papel do gerontólogo frente às transformações necessárias para liderar o processo do envelhecimento. No bacharelado, agora ela é voluntária no grupo de pesquisa em infecções sexualmente transmissíveis (IST) e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Com uma “vontade insana pelo conhecimento”, ela visa uma pós-graduação em gerontologia e um mestrado, pois também tem o desejo de lecionar na área. Katia ressalta que “apresentar um diploma de uma graduação nota máxima do MEC abre muitas portas e dá credibilidade enquanto profissional”.

“Honrar a ancestralidade do envelhecer”

Em uma área que demanda tanto cuidado, a coordenadora Maria Caroline aposta na educação por meio do amor e da afetuosidade. A proximidade do corpo docente com os estudantes foi um dos pontos notados pelos avaliadores e que mais marcou a docente.

“Nós educamos uns aos outros, aprendemos uns com os outros. Embora exista uma hierarquia, as relações fluem dentro de uma horizontalidade de que é possível acessar a coordenação, que está muito próxima da tutoria, de que estamos disponíveis. Acredito que a educação utilizando a premissa do amor, do cuidado e do respeito é muito mais revolucionária. Toda minha trajetória profissional foi construída com esse viés da proximidade. Existe uma admiração mútua. Acho que isso é revolucionário”, declara a coordenadora.

Ainda que a formação ainda seja desconhecida para a maioria das pessoas, Maria Caroline enfatiza a necessidade de que a sociedade a conheça. Não só para cuidar da população que envelhece cada vez mais, mas para entender como tratar disso. “É cultural termos que lidar com a questão do modo como vemos, sentimos e nos expressamos em relação às pessoas idosas. Quando a pessoa envelhece parece que não tem mais vida, e não é isso”, salienta a docente.

Por isso, a grade curricular da graduação foi pensada e desenvolvida para que os estudantes tenham contato com a visão biológica do corpo humano, mas também a psico-bioética, de política e seguridade social, aspectos culturais e de direito voltado à gerontologia. “Não é só um acompanhamento para melhorar a sua saúde, é inclusive para te dar conhecimento e informação sobre os seus direitos”, enfatiza.

Desta forma, o corpo docente estimula principalmente a prática, por meio de eventos e desenvolvimento de trabalhos, além do conhecimento teórico. O primeiro passo, acredita a coordenadora, é os estudantes entenderem a realidade local, buscar quais serviços estão sendo ofertados aos idosos no município e o que está sendo debatido no Conselho do Idoso e Conselho de Saúde, se existirem na região.

“Uma das partes mais fáceis é o formando olhar para a pessoa idosa e estabelecer um acompanhamento, porque ele tem essa trajetória de conhecimento para fazer. O desafio está em lidar com as outras variarias que estão ao redor dessa pessoa idosa. […] Para nós estarmos aqui, tiveram as nossas famílias, nossos pais, avós e bisavós. Que muitas vezes atravessaram oceanos, em condições muito precárias, abriram estradas e desenvolveram tantas ferramentas. Passaram por isso para que estivéssemos aqui. É honrar essa ancestralidade do envelhecer e pensar em deixar esse mundo melhor. Que as pessoas idosas de fato ocupem o espaço delas, que está dentro de casa, mas também no bairro e na cidade”, conclui a professora sobre o papel de empoderamento que a profissão pode estruturar.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Larissa Drabeski


1 thought on “Tecnólogo em Gerontologia garante excelência por meio da afetuosidade

  1. Meu nome é Rita Silva, sou aluna do curso de Tecnologia em Gerontologia da Uninter, participei com alunos, tanto os egressos e também novos como eu, da entrevista com os coordenadores do MEC e fiquei feliz demais com a notícia. Parabéns a todos os envolvidos da Uninter.
    Foi o diferencial de vocês que me cativou na escolha do Curso e estava certa mesmo de que seria maravilhoso.
    Essa notícia só veio me dizer que estou no caminho certo.
    Obrigada,
    Rita Silva , aluna de tecnologia em Gerontologia 2024.

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