Tecnólogo em Agricultura forma novas gerações no campo e garante nota máxima
Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação AcadêmicaDescendente de imigrantes italianos, Júlio César Carissimi Araldi, de 23 anos, é neto de agricultores, o pai também atuou como produtor rural até os 18 anos. Há três anos, o jovem precisou reunir a família e discutir sobre o que faria dali para frente. O caminho encontrado foi um curso superior tecnólogo. Na busca por uma instituição, Júlio se deparou com a Uninter, a que mais se encaixou com o que procurava. O curso não poderia ser outro que não algum na área à qual sempre esteve ligado, e o escolhido foi Tecnologia em Agricultura.
“A paixão por um setor que movimenta grande parte da economia de nosso país sempre foi algo que me chamou a atenção. Desde pequeno sempre gostei de máquinas, tratores, caminhões, veículos de grande porte, assim como da natureza como um todo. E quando isso se encontra, eu vejo infinitas possibilidades de negócio e de prosperidade”, conta o estudante.
Para além dos conteúdos disponibilizados no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Univirtus, Júlio também agarra as oportunidades de adquirir conhecimentos em atividades presenciais, proporcionadas pela graduação. Foi o caso da visita técnica na CNH Industrial, responsável pela fabricação de tratores das marcas Case e New Holland.
“Foi muito bacana, pois tive a oportunidade de conhecer uma empresa multinacional, assim como alguns colegas e professores. [A formação] está sendo muito importante para o meu crescimento pessoal e profissional. Por ser minha primeira graduação superior e à distância, posso dizer que é uma facilidade para estudar e aprender”, garante o estudante.
Júlio é vinculado ao polo Catedral da Uninter, em Curitiba (PR), mas mora em Fazenda Rio Grande (PR), região metropolitana, a 18km da capital. Lá atua em um escritório de contabilidade, a Contabilidade Pelanda, o primeiro escritório contábil da cidade a conquistar a ISO 9001, certificação que define as diretrizes de gestão de qualidade empresarial. Mesmo tendo “caído de paraquedas” na área de contabilidade, o jovem afirma que tem aprendido muito sobre assuntos empresariais e diversos assuntos que só têm a contribuir para o futuro.
“Vejo que estou sendo encaminhado para o rumo da tecnologia na agricultura, uma área do agronegócio que só cresce a cada dia. Gostaria de agradecer à Uninter e a todo o corpo docente por oferecerem um excelente curso. Tem sido transformador, fornecendo-me as habilidades e conhecimentos essenciais para liderar uma inovação no setor agrícola”, conclui o estudante.
Os frutos da excelência ofertada
O tecnólogo em Agricultura da Uninter é mais um curso da área de Ciências Agrárias que conquistou as cinco estrelas do Ministério da Educação (MEC) com a nota máxima de reconhecimento. Com uma equipe multidisciplinar, que agrega conhecimento de vários setores de atuação, a loco regionalidade é o foco central da formação.
“É a realização de um sonho de muitos anos. São mais de duas décadas e percebemos que estamos no caminho certo. É o trabalho que idealizamos desde o início, saiu de nossas cabeças [junto da professora Maria de Fátima Medeiros, também coordenadora de cursos da área]. Lógico que com o apoio da Uninter, com apoio da direção da Escola Politécnica [sob comando de Antonio Lázaro Conte]. Muitas coisas podem ainda ser mudadas e aperfeiçoadas, mas está muito bem traçado e aprendemos a cada processo de avaliação”, declara o coordenador, André Corradini.
O docente salienta ainda o apoio da Pró-reitoria de Assuntos Institucionais (PRAI), que proporciona o aprendizado para que consigam demonstrar para os avaliadores tudo o que tem sido feito. Assim como o esforço dos estudantes, que também somam para o resultado.
O intuito dos tecnólogos, de acordo com André, é poder focar e direcionar os estudantes para as áreas que mais atendem seus desejos e as demandas das regiões onde vivem. Na graduação de Tecnologia em Agricultura, de forma mais específica, os professores oferecem um panorama e conhecimentos de toda a fruticultura nacional, desde a tropical, que abrange grande parte do país; a subtropical, que alcança um pouco menos do território; e a temperada, que aparece como a menor parte.
O mesmo acontece com as grandes culturas, como, por exemplo, a de grãos, que apresentam a soja, o milho, o arroz, o café, o feijão e outras comodities. “Buscamos oferecer o conhecimento mais amplo e completo possível, que, muitas vezes, só a EAD permite”, complementa o coordenador.
Para Júlio, a nota representa “o reconhecimento da qualidade do curso, aliado ao envolvimento e dedicação do aluno e aprendizado único”.
Isso acontece por meio das aulas, separadas em rotas, no AVA Univirtus, as tutorias com os docentes para compartilhar as diferentes realidades e sanar possíveis dúvidas, e as aulas práticas em externas, onde os professores vão a campo. André revela que, para o segundo semestre, há um “planejamento revolucionário” de reestruturação para aproximar ainda mais os estudantes, principalmente relacionado às aulas interativas.
“O nosso plano é mostrar o Brasil todo para que, daqui alguns anos, nós tenhamos o país inteiro mapeado dentro do curso”, explica o coordenador. “É um sonho, esperamos que se torne realidade o mais breve possível”, completa a professora Maria de Fátima, que trabalha ao lado de André nas Ciências Agrárias, na coordenação do curso de Tecnologia em Agronomia, também reconhecido com a nota máxima do MEC.
Maria de Fátima diz que a multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na área são muito importantes, já que os estudantes irão trabalhar com outros profissionais, como engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas, biólogos e técnicos agrícolas, por exemplo. Por isso, a docente aposta na extensão.
“É interessante que, em vários relatos, eles contam que começaram a observar e querer ajudar a comunidade. A nossa intenção de criar esse curso era também mostrar esse lado extensionista, a importância desse olhar. Há relatos que falam que [na região] não têm uma assistência técnica e, quando têm, é muito caro, longe”, destaca a professora.
Da mesma forma como foi mencionada por Júlio, a tecnologia, como a agricultura de precisão, é o que mais está em voga atualmente, afirmam os profissionais. Nos grupos criados pelos estudantes, Maria de Fátima diz que frequentemente as novidades tecnológicas entram em pauta. André ressalta que os avanços são importantes, pois criam trabalhos, cargos e empregos.
Após a formação, os estudantes podem ainda requerer o registro de tecnólogo no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e atuar com todas as atribuições descritas pelo órgão.
A aplicação dos conhecimentos na prática
A nota do MEC e o valor acessível das mensalidades foi o que destacou a Uninter na busca entre instituições de ensino superior realizada por Elidiano Zuchi, 42 anos. O gaúcho mora em Jabuticaba (RS) e começou a observar a demanda das empresas por profissionais da área agrícola. Assim, juntou o interesse em aprender sobre plantas e a vontade de criar o próprio pomar para ir em busca de uma formação que atendesse a estas especialidades.
O polo de apoio presencial (PAP) da Uninter em Frederico Westphalen (RS), a 54km de onde reside, foi o escolhido para a matrícula do curso de Tecnologia em Agricultura, a que mais se encaixou para as atribuições mais necessárias para a região e que deseja desenvolver.
“Escolhi esse curso por entender que ele tem tudo o que preciso para montar meu próprio negócio. Estou muito satisfeito com a interação que consigo desenvolver com professores e conteúdo. Um ponto muito importante é que estou estudando e vivendo no dia a dia com a presença do que estou aprendendo”, conta.
O principal intuito do estudante é produzir alimentos, mais especificamente legumes e frutas, como manga, abacate e ponkan. Elidiano explica que a ausência de conhecimento tem causado prejuízo aos pomares da região, o que afeta também a oferta nas prateleiras dos mercados. Por isso, a qualidade tem sido cada vez mais demandada.
“O povo gaúcho é lutador, mas está focado em grãos e a percepção sobre leguminosas está sendo deixada de lado. As doenças [das plantações] estão aumentando por falta de atenção e interesse de muitos que não entendem ou estão despreocupados com as doenças que estão nos seus jardins e pomares, na sombra de casa, onde muitas vezes está sendo usada como área de lazer. A mangueira [por exemplo] é uma ótima frutífera, mas está servindo como sombra, ou seja, as pestes e fungos não dormem”, finaliza.
Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação AcadêmicaEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Acervo pessoal