Tecnólogo de Agronomia colhe nota máxima no MEC

Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação Acadêmica

Dos 59 anos de idade que possui, Giovanni Winkeler Junior já contabiliza 39 deles com atuação na produção e comércio de fertilizantes. A primeira formação, em Ciências Contábeis, nunca foi uma profissão, mas abriu várias portas no setor agrícola.

No segundo ano do curso de Tecnologia em Agronomia da Uninter, o estudante realiza o sonho que, até pouco tempo atrás, parecia impossível. “Muitas pessoas não acreditavam que eu poderia chegar aonde cheguei, e isso só está acontecendo graças à oportunidade que tenho aqui, com contato direto com a coordenação e os professores do curso, sempre prontos para esclarecer qualquer dúvida”, conta Giovanni, que é vinculado ao polo Garcez da Uninter, em Curitiba (PR), onde mora.

O estudante conta que, quando encerrou o ensino básico, a graduação de Agronomia era oferecida apenas durante o dia, em período integral, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pela necessidade de trabalhar, não conseguiu realizar a formação, mas desde o ingresso no mercado de trabalho esteve ligado à área.

Giovanni começou a carreira em uma fábrica de fertilizantes foliares, passou a gerente industrial em uma fábrica de fertilizantes biológicos e, depois, em fábricas de granulação de fertilizantes, por mais ou menos duas décadas. Hoje, é diretor na Carbonfertil Agronegócios e Trading Ltda, onde atua com a importação de fertilizantes e exportação de grãos. Agora, o desejo com a formação é ser o responsável técnico da empresa.

“O curso oferece todas as ferramentas para a formação de um excelente profissional. O setor agrícola é muito generoso para aqueles que são sérios, bem-preparados e têm iniciativa, tanto no setor técnico quanto no comercial, onde há grandes oportunidades”, garante.

Isso tudo se tornou ainda mais significativo com a nota máxima que o curso de Tecnologia em Agronomia da Uninter conquistou na avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC).

“Sinto muito orgulho em fazer parte dessa conquista (…) Para ser um vencedor, é necessário muito esforço e dedicação. A recompensa é generosa, podem ter certeza disso”, afirma Giovanni.

A coordenadora da graduação, Maria de Fátima Medeiros, acredita que o trabalho conjunto, realizado entre os professores, a contribuição da equipe da Pró-reitoria de Assuntos Institucionais (PRAI) do centro universitário e a dedicação dos estudantes culminaram no desempenho do reconhecimento.

“Estou extasiada. Achava que teria uma boa nota, mas não a nota que recebemos. Ainda estou ‘nas nuvens’. Você faz um trabalho, pensa em uma grade, em uma estrutura de curso e vê isso se realizando. Essa nota é a realização de um trabalho árduo e bem-feito. Estamos sempre buscando mais informações para melhorarmos cada vez mais”, declara.

“A certeza de que você será reconhecido no mercado de trabalho”

Maria Rita Diniz, 22 anos, nasceu e foi criada na roça, em Passa Quatro (MG). A propriedade é também a fonte de sustento da família. Por isso, desde muito pequena, a jovem ajuda os pais, Odair e Denise, principalmente nas lavouras de batata e ameixa.

“Nunca tivemos uma consultoria, nunca tivemos uma ajuda técnica, por isso a vontade de estudar para melhorar nossa realidade”, conta a estudante de Tecnologia em Agronomia da Uninter, vinculada ao polo em Cruzeiro (SP).

A princípio, a ideia era realizar uma graduação presencial. No entanto, o alto custo e a longa distância se tornaram impeditivos. Através de muita busca online, Maria Rita descobriu que a EAD da Uninter poderia ser a solução. “Gostei da grade, era o que eu precisava e, por ser um curso de menor duração, está me ajudando bastante no dia a dia. Posso continuar trabalhando e estudando”, explica.

A estudante menciona o apoio dos professores, coordenadores e tutoria disponível no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Univirtus como pontos de destaque e que têm feito do curso uma boa experiência. Assim como a flexibilidade de horários.

“Tudo isso ajuda bastante. Claro que é desafiador, mais desafiador do que eu achei que seria, porque é difícil conciliar vida pessoal, trabalho e estudos. Acho que estudar em casa exige mais disciplina. E saber que o curso recebeu a nota máxima do MEC é muito legal, porque é a certeza que você tem de ser reconhecido no mercado de trabalho, [por] ter feito uma graduação desse nível”, confirma Maria Rita.

O objetivo da estudante não é atuar fora da propriedade, mas a jovem almeja, por meio da formação, a melhoria da produtividade no negócio familiar. Com a conclusão do curso prevista para outubro deste ano, ela já começa a observar mudanças na produção.

“Deu para perceber a diferença no trabalho. Às vezes, é coisa simples, o uso a mais de um fertilizante ou o jeito de fazer enxerto. Uma técnica que temos adotado aqui, depois que ingressei no curso, é plantar com menor revolvimento do solo, deixando a palhada lá, para ser um ambiente mais confortável para a próxima cultura. É simples, mas vamos melhorando e faz bastante diferença”, finaliza a estudante.

O olhar extensionista é um dos pontos fundamentais para a coordenadora Maria de Fátima, por isso os trabalhos têm o foco na loco regionalidade dos acadêmicos. Em muitas regiões, a assistência técnica não chega e, quando se tem, o custo é alto, por exemplo.

“Eles têm que olhar para tudo, não só o que está plantando. Desde o clima, o solo, o relevo, as pessoas que vivem lá e quais são as necessidades. É interessante, pois, em vários relatos, eles contam que começaram a observar e querer ajudar a comunidade”, exemplifica Maria de Fátima.

Alcance profissional que só a EAD permite

Os profissionais formados na área podem requerer o registro de tecnólogo no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e trabalhar com todas as atribuições que o órgão determina. No entanto, independente do setor de atuação, a coordenadora ressalta a importância da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, já que deve trabalhar em parceria com outros profissionais, como engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas, biólogos, técnicos agrícolas, entre outros. “Além de mostrar seu conhecimento, também vai agregar os saberes de outras profissões”, complementa a professora.

A tecnologia, de acordo com Maria de Fátima, é o que está em voga na área no momento. Nos grupos criados pelos estudantes, a temática é recorrente nas conversas. O que possibilita, assim, a criação de novos cargos, trabalhos e empregos.

Os momentos de tutoria se tornam uma troca do que está acontecendo nas diferentes regiões, permitindo que os estudantes tenham os horizontes ampliados. É por meio destas aulas que os professores instigam os alunos a refletirem sobre as questões locais e, através dos conhecimentos adquiridos, pensem e busquem eles mesmos as soluções, a partir de uma autonomia também muito característica da EAD.

O coordenador dos cursos de Ciências Agrárias da Uninter, André Corradini, pontua que os tecnólogos são ainda uma forma de segmentar e direcionar, empreendendo a própria carreira na atuação que a região mais necessita. No caso da Agronomia, o conhecimento das grandes criações de animais, como, por exemplo, a bovinocultura, a suinocultura e a piscicultura.

“Buscamos oferecer o conhecimento mais amplo e completo possível, que, muitas vezes, só a educação à distância (EAD) permite. A forma como oferecemos esse conhecimento, através da estrutura das rotas [aulas] da Uninter e depois nas aulas práticas que temos no nosso AVA, também é um grande diferencial”, acredita Corradini.

Maria de Fátima revela que viajar cada vez mais para mostrar a realidade do Brasil todo para os alunos é um sonho dos docentes, que esperam se tornar real o mais breve possível. Pois, de acordo com a coordenadora, isso beneficia não só a instituição, mas principalmente os estudantes, com a gama de conhecimento que poderão adquirir.

“Estamos estimulando a participação em todos os eventos que existem na região deles. O Brasil é muito rico em feiras e exposições, espalhadas pelo país inteiro. É uma forma de conhecimento enorme e a Uninter está apoiando para que possamos oferecer isso aos alunos. Tentamos mostrar qual é a realidade de cada uma das grandes regiões, coisa que, muitas vezes, um curso presencial não oferece”, explica Corradini.

Ambos os profissionais acreditam que o trabalho é facilitado pelo quadro docente da área, formada por diferentes profissionais, de diversas áreas. Cada um com sua visão e especialidade, consegue transmitir a expertise que tem para os acadêmicos.

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Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski


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