SIPAT Uninter aborda saúde no local de trabalho

Em média, o brasileiro trabalha semanalmente 43,5 horas, sendo 8,7 horas por dia, ou seja, são cerca de 2.200 horas trabalhadas por ano. Isso sem contar o tempo de deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa. Esse elevado período destinado ao ambiente profissional pode acarretar em sobrecarga, o que, inclusive, é uma das causas de diversas doenças psicossomáticas, que são desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam também o funcionamento dos órgãos do corpo.

“Noventa por cento das doenças são psicossomáticas. É preciso manter a vida em movimento, ou seja, a mente sã em um corpo são”, alerta Ivo Carraro, psicólogo e professor da Uninter.

E foi pensando justamente em estimular não só a parte física, mas a mental dos colaboradores, que a Uninter promoveu a 2ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) 360º Uninter Tô Bem. O evento ocorreu entre os dias 20 e 24 de set.2021, com o tema “Uma reflexão do presente com o olhar para o futuro – Semana de vida com qualidade no trabalho”. Vale acrescentar que a transmissão através do AVA Univirtus foi destinada apenas aos colaboradores e alunos da instituição.

A abertura do evento contou com a presença do gerente de Gestão de Pessoas da Uninter, Joel Ziemann Ferruci, do reitor da Uninter, Behur Gaio, e do professor e psicólogo Ivo Carraro. Após uma apresentação teatral do Grupo Colorirá, o reitor destacou a importância da segunda edição da SIPAT.

“A SIPAT é muito relevante para nós da Uninter. Ela tem objetivos muito relevantes. Começando pela disseminação de informações relacionadas a um processo preventivo de acidentes de trabalho e também de doenças ocupacionais. E aí vem outros objetivos, como a conscientização da importância da prevenção de acidentes, assim como despertar em todos nós atitudes positivas que sejam preventivas”.

No dia seguinte, as atividades práticas começaram. Pela manhã, quem acompanhava a transmissão pôde fazer os movimentos do power balance em casa e, à tarde, absorver as palavras de Elizabeth Nery Sinnott sobre inteligência emocional em tempos de crise.

“Estamos sendo pessoas diferentes, tanto na nossa vida profissional quanto pessoal. A forma com que cada um está vivendo esse momento [da pandemia] nos tira esse estado de conforto, comum, agora nós estamos muito mais enriquecidos de possibilidades e sabemos que temos muito mais condições para que a gente possa lidar com diversas situações inesperadas”, complementa a palestrante.

Dando sequência ao evento, a psicóloga Simone Marchesini levantou a seguinte questão: meus pensamentos influenciam na maneira como me alimento? Ao longo da palestra, a profissional descreveu a técnica do comer meditativo ou mindful eating, a qual propõe comer com consciência. Basicamente, isso significa estimular os cincos sentidos ao ingerir qualquer alimento.

E como a saúde financeira interfere (e muito!) na saúde física e mental das pessoas, o tema não poderia ficar de fora. O ex-bancário e embaixador no Brasil do Great Place To Work (GPTW), Hilgo Gonçalves, apresentou o tema gestão financeira pessoal.

“Saúde financeira é saber como que eu posso melhor administrar aquilo que tanto lutei para conquistar. Aliás, de cada 10 brasileiros apenas 3 têm o hábito de poupar. Esse hábito de poupar é fundamental, porque você merece cuidar bem do seu dinheiro”, destaca Hilgo.

Já no último dia do evento, Tatiane Kohler e Debora Gislaine de Olivera mostraram alguns movimentos que podem auxiliar no cuidado com a postura, item fundamental considerando que “80% da população mundial teve, tem ou vai ter dores nas costas”, descreve Tatiane.

O encerramento ficou por conta dos médicos e irmãos Pedro e Bruno Shiozawa, com o tema saúde emocional. “Quando a gente está falando de saúde emocional a gente não está falando para você se sentir bem o tempo inteiro, isso seria muito chato. Estamos dizendo para você reconhecer seus sintomas, como você está”, diz Pedro.

Ivo Carraro também fez um resumo de todo conteúdo aplicado e deixou uma mensagem especial para quem o assistia. “Se eu me preocupo muito com o futuro, eu vou desenvolver uma ansiedade do futuro. Quando a ansiedade e medo se juntam gera estresse. Mas, afinal, o que é me cuidar para o futuro? É me preparar no presente”.

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