SIANEE promove palestra sobre educação de pessoas com deficiência visual
Com o intuito de promover uma discussão sobre o processo de aprendizagem dos alunos com deficiência visual, o Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (SIANEE), com o apoio do Instituto Paranaense de Cegos, promoveu no dia 06 de maio, uma manhã de palestras no Centro Universitário Internacional UNINTER intitulada Educação Escolar das Pessoas com Deficiência visual: Desafios e Perspectivas.
Para o presidente do Instituto Paranaense de Cegos, Ênio Rosa, é sempre importante realizar discussões para melhorar a qualidade de vida de pessoas com qualquer tipo de deficiência, principalmente em um momento de crise política no país que acaba causando reflexos na educação.
‘’Essa palestra trouxe questões que são necessárias debater, como o processo de inclusão nas escolas e a melhoria nas políticas públicas para que seja possível avançar nos processos educacionais, melhorando assim a qualidade na educação de pessoas com deficiência visual’’, comenta.
O evento foi destinado aos professores das escolas públicas, vindos de diversas regiões de Curitiba. A palestrante do dia, professora da Rede Estadual de ensino e técnica em assuntos educacionais na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Luzia Alves da Silva, conta que sua palestra teve como objetivo falar das dificuldades encaradas pelos alunos com deficiência visual nas escolas.
‘’Destaquei os principais problemas enfrentados por essas pessoas, como a falta de recursos didáticos e a formação de professores, que muitas vezes não são preparados na faculdade para atender as suas necessidades e quando chegam no mercado de trabalho não conseguem proporcionar uma qualidade de ensino adequada’’, explica.
Ênio Rosa também destaca que o preconceito com o qual os cegos convivem é um problema que deve ser combatido. ‘’ Muitos pensam que eles são limitados intelectualmente, o que não é verdade. E isso se agrava com a falta de investimentos na educação especializada e por falta de conscientização da população. Por isso esses debates são importantes’’, finaliza.