Sianee promove capacitação para avaliação de trabalhos de alunos surdos
Autor: Adriane Vasconcelos - Assistente de Comunicação AcadêmicaA inclusão e o respeito à diversidade no ensino são preocupações constantes na Uninter. Para que isso seja efetivo, é preciso que toda a equipe esteja preparada para lidar com as diferenças.
A coordenadora do Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (Sianee) da Uninter, Leomar Marchesini, ministrou uma capacitação online aos professores da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança (ESGPPJS) no dia 5 de junho. Organizada pela coordenadora do Núcleo de Avaliação e TCC da Escola Jurídica, Tania Frugiuele Soares Agostinho, a capacitação abordou critérios de correção das provas dos alunos surdos da instituição. Motivada pelos docentes da ESGPPJS, a reunião estabeleceu a adoção de critérios diferenciados para correção dos textos de provas e TCC desses alunos, em conformidade com a legislação brasileira e no que prevê a Lei Brasileira de Inclusão (LBI).
Para Leomar Marchesini, a adesão dos professores à inclusão educacional dos alunos foi exemplar e de grande satisfação. “Nosso trabalho não é isolado, e sim em contínua parceria com os docentes dos cursos”, destaca Marchesini.
Ainda de acordo com a profissional, a língua portuguesa é a segunda língua usada pela comunidade surda do Brasil, sendo que Libras é sua língua primária. Portanto, seus textos não apresentam o mesmo padrão dos textos de pessoas ouvintes, porque a estrutura gramatical da Língua Brasileira de Sinais é diferente da estrutura gramatical da língua portuguesa.
Diante desse dado, a legislação brasileira determina que esse fator seja respeitado e que os textos de alunos surdos sejam avaliados sob critérios diferenciados e compatíveis com sua aprendizagem.
Marchesini ressalta ainda que a adoção desses critérios é um diferencial do Sianee, que “trabalha a educação de modo que os alunos não sejam injustiçados com descontos de pontos devido a falhas de concordância verbal e nominal e pela estruturação das frases”. Os corretores das provas devem levar mais em consideração o conteúdo do que a forma como os alunos surdos escrevem, pontua a coordenadora.
Importante destacar que isso está previsto no decreto nº 5.626/2005, que considera que o aluno com surdez tem direito a uma avaliação diferenciada. Conforme a diretriz, o objetivo é adotar “mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade linguística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa”.
O Sianee faz um atendimento educacional especial e é direcionado para alunos com deficiências e disfuncionalidades (TDAH e dislexia), além alunos com super habilidades. Esse trabalho é realizado pelas coordenações dos cursos e professores da Uninter, oferecendo suporte aos alunos no processo de aprendizagem de modo que eles não sejam lesados.
Ao final da capacitação, os professores receberam um certificado que comprova a participação e aproveitamento da reunião.
Autor: Adriane Vasconcelos - Assistente de Comunicação AcadêmicaEdição: Larissa Drabeski