Ser sustentável não é mais uma opção

Autor: Barbara Carvalho - Jornalista

Mudança de hábitos alimentares e atitudes responsáveis em favor do planeta foram discutidos na Maratona de Sustentabilidade realizada na sexta-feira, 05.jun.2020, pela Escola de Saúde, Meio Ambiente, Biociência e Humanidades da Uninter com apoio das demais escolas superiores da instituição. Este foi o tema da live Consumo responsável. Ser sustentável não é mais uma opção”, com intermediação dos professores Rodrigo Silva (Gestão Ambiental) e Talita Cabral (Serviço Social), com palestra da professora Silvia Moro Conque Spinelli.

A alimentação sustentável consiste não somente em se preocupar com a qualidade daquilo que o ser humano ingere, mas também o respeito quanto aos recursos naturais e também promove o bem-estar geral do planeta. Tal tipo de consumo não é mais uma distopia, pois estes hábitos e escolhas são atitudes que vieram para ficar. Portanto, se você ainda não é sustentável, o momento é agora.

No Brasil, a produção e consumo de alimentos orgânicos cresce cerca de 30% ao ano, justificando-se por meio de um número maior de pessoas que buscam uma alimentação saudável sem agrotóxicos. Assim, ajudam a manter a saúde em dia e também o meio ambiente livre de substâncias tóxicas.

No início do bate-papo, Silvia nos leva para uma reflexão a respeito de quem e do que provemos a nossa alimentação, quem fica com a maior fatia da nossa renda, os provocadores “descontos em aplicativos de comida”. O que levou a uma reflexão sobre a autonomia na hora da compra e também sobre o marketing aplicado em propagandas para incentivar o consumidor a esse tipo de consumo. E as respostas para mudar este tipo de consumo são simples, comprar de produtores locais e da agricultura familiar são uma delas.

Outro ponto de muita importância apontado por Silvia é a questão do desperdício de alimentos. De acordo com representação com dados retirados da ONU Verde, campanha realizada pela Organização das Nações Unidas:

  • 10% de todo o desperdício ocorre ainda na colheita;
  • 50% ocorre no transporte e manuseio;
  • 30% ocorre nas centrais de abastecimento (CEASAS);
  • 10% são diluídos entre supermercados e consumidores.

Ainda durante a conversa, Silvia aponta para a importância das boas escolhas em prol do planeta e mudança de hábitos, tais como o uso da sacola reutilizável, abolir o uso de produtos de plástico, e também a compra de produtos a granel. “De fato os hábitos para a vida comunitária, os hábitos para a gente se entender como sociedade no planeta, eles têm que ser aprendidos e tem que ficar. Hoje, a gente se sente um criminoso em usar um canudo de plástico”, comenta.

No último ano, oito estados do Brasil mais o Distrito Federal proibiram o uso dos canudos plásticos, são eles: Acre, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Em 17 dos 18 estados onde a circulação do produto ainda é permitida, tramita ao menos um projeto de lei referente a proibição. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a lei de proibição já foi aplicada e a fiscalização fica por conta do Procon-SP, e aqueles estabelecimentos que desrespeitarem podem pagar multa de até R$ 5,5 mil.

Muito mais do que uma questão de novos hábitos, a necessidade por efetivar escolhas conscientes vem crescendo cada vez mais. Escolas e universidades investem no ensino para mostrar a importância da sustentabilidade, plantando assim, um olhar diferente quanto ao futuro. “Eu vejo que essa geração de agora fará escolhas mais saudáveis por ter esse acesso a informação mais cedo.  Também vejo nesses jovens um processo de tolerância ambiental bom, pois o jovem aceita melhor a diferença e, portanto, sabe da necessidade do cuidado com o planeta”, relata Silvia.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Barbara Carvalho - Jornalista
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução do YouTube


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *