Seminário discute a luta pelos direitos na saúde pública
Autor: Evandro Tosin - Estagiário de JornalismoA saúde é direito de todos e dever do Estado, como previsto na Constituição Federal. No dia 7 de junho, a Uninter recebeu o evento “Saúde e SUS”, no campus Carlos Gomes, em Curitiba (PR), promovido pelo Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR) e organizado por uma comissão temática de saúde, que envolveu profissionais do governo estadual, municipal e da iniciativa privada. O objetivo do encontro foi discutir as políticas públicas voltadas para a população, como a profissão de assistente social atua no âmbito da saúde e quais os desafios frente à diminuição de recursos públicos para a área.
Durante o período da manhã houve uma discussão mais teórica, e à tarde foram realizadas oficinas com profissionais e alunos do curso de Serviço Social. Aproximadamente 250 pessoas participaram do evento, que também foi transmitido pela página do curso no Facebook.
“O SUS (Sistema Único de Saúde) é o maior financiador de casos de alta complexidade, o estado brasileiro investe pesadamente na saúde, apesar disso, ainda há um contingente enorme de serviços que precisam ser melhorados e ampliados”, explica Dorival da Costa, coordenador do curso de Serviço Social.
Outro fator negativo, de acordo com o professor, é o encerramento do programa de saúde da família “Mais Médicos”, que pode afetar o atendimento da população e deixar postos da unidade básica de saúde lotados.
O seminário é o primeiro do gênero realizado com apoio da Uninter. O encontrou contou com a participação da Maria Valéria Costa Correia (reitora da UFAL-AL), Priscila Brasil (especialista em saúde mental e na atenção primária à saúde), Silvia Albertine (especialista em saúde pública) e Joziane Cirilo (presidente da CRESS).
Bruna Lemes, aluna do curso de Serviço Social, foi uma das voluntárias na organização do evento e falou sobre a importância de estar próximo de profissionais da área. “O Serviço Social acompanha o contexto brasileiro, está em movimento com a sociedade, e discutir a saúde enquanto um direito universal significa estar atento e engajado”, explica a estudante.
“O CRESS quer fortalecer o apoio para o profissional atuar, pois o acolhimento das pessoas é como se fosse um medicamento. Ao nos colocarmos no lugar do outro, temos condições de encaminhar os doentes para os recursos da comunidade”, explica Liliana Tosato, assistente social que faz parte do comitê de saúde. Durante o encontro foi redigido um documento pelo CRESS, propondo estratégias para a implementação de políticas públicas.
Autor: Evandro Tosin - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Victor Corradini - Estagiário de Jornalismo