Semana de gestão discute o futuro dos arquitetos e designers
Autor: Flávio Ducatti - Estagiário de JornalismoAs profissões de arquiteto e designer são tendências de um futuro sem fronteiras, com profissionais tendo a oportunidade de trabalhar de formas transversais e em formatos estratégicos dentro das empresas.
Esse movimento pode ser notado com mais ênfase na área de design de serviços área ainda em desenvolvimento, que conta com poucos profissionais disponíveis no mercado. O setor digital é o que mais cresce no meio, com destaque para os últimos dois anos, mesmo em período de pandemia.
No Brasil, grandes profissionais vêm se formando, se destacando e atuando nesse mercado. O espaço conquistado também se reflete no mercado internacional, com trabalhos em todo o setor criativo, espaço de desenvolvimento e inovação e sustentabilidade, um trabalho que impacta até mesmo o meio ambiente.
“As empresas hoje não residem mais só no desenvolvimento de produtos que geram lucros […] O lucro, claro, é necessário, e cada vez mais dentro das profissões, não só no design e na arquitetura, a gente tem que olhar pra questão da sustentabilidade. A sustentabilidade vai olhar tanto para a questão do lucro, ou seja, tornar aquela empresa sustentável, mas também para todo o ciclo de vida do produto. As empresas não podem mais simplesmente colocar novos produtos no mercado, elas têm que colocar o produto, recolher e entender como vai funcionar essa economia circular”, explica a designer Leticia Castro.
Com a globalização e as ferramentas tecnológicas disponíveis, a questão local deixou de ser uma barreira, e o trabalho dos designers e arquitetos podem ser estendidos até mesmo para outros continentes. No Brasil, os principais escritórios de design são parcializados com escritórios internacionais. “Nossas grandes referências daqui têm sedes nos Estados Unidos ou na China, então os projetos se tornaram globais. Os profissionais são globais. A gente não tem mais fronteiras nessa atuação, nesse trabalho. Especialmente agora que o mundo realmente está virtual, as equipes estão em vários lugares, atuam, interagem e trabalham e não precisam estar lá no chão de fábrica para poder atuar”, destaca a profissional.
Segundo o mestre em Comunicações e especialista em tendências de mercado Dario Caldas, esses novos esquemas com trabalhos híbridos têm diversos arranjos possíveis e está presente no mundo todo. “Têm saído diversos estudos para avaliar os impactos disso no mundo do trabalho, tanto no Brasil quanto no exterior”, diz.
Com a tecnologia dominando o mercado e o modelo híbrido ganhando espaço nas empresas, profissionais temem sofrer as consequências e tornar-se obsoletos em suas profissões. “Nós não seremos substituídos por robôs e máquinas. Os robôs não têm os soft skills que o ser humano tem, essa é uma habilidade que é inerente do ser humano e ela não tem como ser substituída. As pessoas ainda são essenciais em todos os processos e relações”, conclui Leticia.
O debate foi tema da abertura da 5ª Semana Acadêmica de Gestão da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios (ESGCN) da Uninter, inaugurada em 3 de outubro de 2022. Confira a transmissão, bem como os demais dias do evento, neste link.
Autor: Flávio Ducatti - Estagiário de JornalismoEdição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Reprodução e divulgação