Saiu na frente! Egressa da Uninter é a primeira doutora em educação profissional do Brasil
Autor: Daniela Mascarenhos - estagiária de jornalismoO Doutorado Profissional em Educação e Novas Tecnologias da Uninter confirmou seu pioneirismo com a primeira tese defendida em educação profissional no país.
A nova doutora é a professora Tânia Aparecida Soares, que em julho de 2022 defendeu sua tese intitulada Tecnologias: uso de simulador na avaliação externa institucional e de cursos de graduação no Brasil. Na pesquisa, ela versou sobre o uso de um simulador para a avaliação institucional e de cursos de graduação, o que favorece a correção de fragilidades e aponta para as necessárias melhorias no processo como um todo.
O simulador segue as diretrizes do processo regulatório instituído pelo MEC, que visa contribuir com o fomento de otimização e da qualidade de oferta da educação superior no Brasil, decorrentes da avaliação externa in loco.
O processo de desenvolvimento do simulador teve início ainda no mestrado profissional defendido no mesmo programa de pós-graduação, quando Tânia teceu uma dissertação cujo título era Planejamento para o desenvolvimento do simulador de avaliação externa, à luz do instrumento de avaliação de curso de graduação (IACG) no contexto do novo marco legal regulatório.
A professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado e Doutorado Profissional: Educação e Novas Tecnologias (PPGENT), Siderly do Carmo, orientou a egressa tanto no mestrado quanto no doutorado e destaca a qualidade do trabalho da nova doutora. Antes mesmo da finalização da tese, parte do texto já havia sido aprovado em um artigo para a revista Perspectivas em Ciência da Informação, da Universidade Federal de Minas Gerais, avaliada com qualis A1, a nota mais alta no sistema brasileiro de avaliação de periódicos científicos.
“Sinceramente, tenho um imenso orgulho pelo trabalho desenvolvido com a doutora Tania. Trata-se de uma pessoa intensamente dedicada, estudiosa e todo o seu esforço resultou em uma tese e em um produto muito importante para o contexto da educação superior. Realmente, imensa honra”, comenta a coordenadora.
“Quando agendamos a banca de qualificação, dia 16 de maio, fizemos uma pesquisa. Existem, no Brasil, três doutorados profissionais em Educação e não havia, até a data de qualificação, nenhuma outra quali ou defesa agendada”, diz Siderly. Tânia também foi a primeira de sua turma a finalizar o curso, já que terminou em um ano e meio, antes do tempo previsto.
A banca para a defesa foi composta por três integrantes da Uninter e dois externos: professora-doutora Luana Priscila Wunsch, professora-doutora Desiré Luciane Dominschek Lima e professor-doutor Alvaro Martins Fernandes Junior, do PPGENT. Os convidados externos foram o professor-doutor João Manuel Nunes Piedade, da Universidade de Lisboa, e o professor-doutor Djanires Lageano Neto de Jesus, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
Rodrigo Otavio dos Santos, também professor do PPGENT, explica que a principal diferença entre o doutorado profissional do doutorado acadêmico é que a tese e o produto desenvolvidos precisam apresentar uma mudança efetiva na sociedade.
“No nosso programa, você produz a tese e também um produto que reflita na sociedade, que tenha um efeito, que ajude alguém, e precisa necessariamente ser uma tese e um produto em conjunto. Além disso, é obrigatório ter um mestrado para poder iniciar o doutorado profissional”, complementa.
O curso Doutorado Profissional: Educação e Novas Tecnologias foi aprovado em 2020 e lançado em maio do mesmo ano, mesmo com as incertezas com a chegada da pandemia. Hoje, o programa conta com 35 doutorandos em processo de produção de suas teses.
Autor: Daniela Mascarenhos - estagiária de jornalismoEdição: Larissa Drabeski
Parabéns Doutora e professora Tânia!