Sabedoria indígena pode auxiliar no combate ao Aedes aegypti
O conhecimento indígena sobre as fases da lua pode ser um grande aliado no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zica vírus, chikungunya e febre amarela. O coordenador do curso de pós-graduação em História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena da UNINTER, Germano Afonso, falou sobre isso em entrevista a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
Ao realizar suas pesquisas de imersão em tribos indígenas, o astrônomo observou o hábito dos índios de recolherem-se em noites de lua cheia. “Os índios sabem há muito tempo que todos os seres vivos, inclusive o mosquito da dengue, ficam mais ativos devido ao brilho da lua cheia”, explica o coordenador.
Germano defende que, partindo deste princípio, durante esse período, as aplicações de inseticidas devem ser realizadas em maior quantidade. Da mesma forma, nas outras fases, o ideal seria diminuir a quantidade de inseticida já que os mosquitos estariam em menor número.
O pesquisador lamenta ainda que muitas vezes a ciência indígena seja subestimada pela ciência ocidental. “Quando a gente aprende sobre a lua, é sempre sobre a questão da força gravitacional. Mas não é a força gravitacional o que interessa aos indígenas, e sim o impacto do brilho da lua”, conclui o pesquisador.
Interessante os indígenas citar sobre a lua cheia ou seja seu brilho, e também sobre comparar a pesquisa ocidental e a pesquisa indígena a discriminação quanto ao índio que é diferente no pensamento ou seja cérebro voltado para natureza e muito próximo a ela . Entendimento esse que traz muita honra e satisfação por ter misturado os povos na minha descendência e costumamos dizer que temos uma parte do corpo voltado a índia também.