Rotina produtiva na web: a convergência entre formas novas e tradicionais de se fazer jornalismo
Autor: Ana Oliveira - Estudante de JornalismoUm dos desafios no campo da comunicação é se adaptar ao constante avanço tecnológico e o seu impacto direto na vida profissional dos jornalistas. As formas de se produzir e consumir conteúdo jornalístico têm se alterado profundamente nas duas últimas décadas.
Artigo publicado na 14ª edição da Revista Uninter de comunicação (RUC), intitulado Rotina produtiva na web: a convergência entre novas e as tradicionais formas de fazer jornalismo e escrito por Maria de Jesus Daiane Rufino Leal e Indira Ilana Vanderlei do Vale, propõe a releitura de algumas das teorias clássicas do jornalismo, como os estudos do Newsmaking, a teoria do Gatekeeping e a teoria Organizacional, considerando o fazer jornalístico para a internet.
É urgente o debate sobre a produção da informação no ambiente digital e convergente da web, que impõe um papel ativo de gatewatching. Como reforçam as pesquisadoras, “a Web 2.0 trouxe uma expectativa de notícias jornalísticas de construção mais democrática, ou seja, a produção não ficaria restrita ao repórter (gatekeeper), mas seria fruto de uma parceria com o público (gatewatching)”.
A chegada da internet abriu caminhos dentro do jornalismo, seja na definição de suas linguagens ou na sua própria prática do dia a dia. A tecnologia digital viabilizou o surgimento de empresas de comunicação com novos formatos e alterou a organização do trabalho dos jornalistas. Entender quais as implicações para a rotina produtiva do jornalismo e atualizar os conceitos teóricos sobre esta prática é algo que inspirou este estudo, e vem promovendo tantas outras interrogações no campo acadêmico da comunicação, destacam as pesquisadoras.
Elas destacam que o fazer jornalístico sofreu significativas transformações, chegando ao jornalismo multimídia e participativo. O advento da internet modifica a forma como o jornalista interage com suas fontes, além de mudar a forma de recepção do conteúdo por parte do internauta, que tem a possibilidade de interagir.
A consolidação dessas mudanças derruba barreiras que havia entre os produtores e os consumidores de informação. Em outras palavras, as pessoas deixaram de ser consumidoras passivas e agora querem exercer sua participação na produção e na distribuição do conteúdo.
Autor: Ana Oliveira - Estudante de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Brett Sayles/Pexels