Riscos da imobilidade
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de JornalismoA incapacidade de se mover e de ter autonomia sobre seu próprio corpo é algo que assusta muitas pessoas. Essa situação costuma afetar pacientes acamados por um longo tempo e é chamada síndrome do imobilismo.
Trata-se de um conjunto de alterações que ocorrem quando o indivíduo permanece acamado ou imóvel por um longo período, podendo assim afetar o aparelho locomotor e causar o atrofiamento da musculatura.
Quanto maior o período de imobilidade, mais força muscular é perdida, o que reduz a capacidade de executar exercícios. Em casos graves, a síndrome pode colaborar para o desenvolvimento ou agravamento de problemas circulatórios, dermatológicos, respiratórios ou psicológicos.
A relevância do tema fez com que a Rádio Uninter trouxesse o assunto para debate. O Programa Sua Saúde exibido no dia 14 de junho recebeu a mestre em Tecnologia em Saúde e coordenadora do bacharelado em Fisioterapia da Uninter, Fernanda Cercal, para explicar um pouco mais sobre a síndrome.
“Quatro semanas de imobilidade podem ser o suficiente para fazer uma pessoa perder 50% da força”, alerta Fernanda. Por isso, o alerta vale não só para acamados de longa data, mas também para aqueles que se recuperam de procedimentos cirúrgicos.
Para que o diagnóstico seja feito de maneira contundente, é necessário que o indivíduo apresente determinados aspectos físicos. São eles: déficit cognitivo moderado ou grave, múltiplas contraturas articulares, afasia, disfagia, úlceras de pressão ou dupla incontinência.
Consequências
Além dos problemas relacionados ao aparelho locomotor, a síndrome do imobilismo é conhecida por desencadear outras condições de saúde, como a formação de coágulos em vasos sanguíneos, podendo causar acidentes vasculares encefálicos, tromboembolismo pulmonar e o infarto agudo do miocárdio.
Um período de repouso intenso e prolongado também pode contribuir para o surgimento ou agravamento de distúrbios como a ansiedade e a depressão, além de comprometer a ventilação pulmonar
Outro ponto destacado é a atrofia muscular, que acontece quando o paciente pode apresentar comprometimento da irrigação sanguínea muscular, provocando fraqueza muscular generalizada.
Prevenção
A fisioterapia é a forte aliada para o restabelecimento e preservação da funcionalidade corporal, podendo reduzir as complicações da síndrome.
Alongamentos, exercícios musculares e respiratórios, assim como o acompanhamento de um profissional de saúde são fundamentais para que o paciente acamado tenha uma boa recuperação e a melhor qualidade de vida possível.
Confira essas e outras dicas sobre a síndrome do imobilismo no programa.
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de JornalismoEdição: Larissa Drabeski