Rio de Estórias valoriza identidades e memórias
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismoAo longo do processo histórico, os sujeitos sociais produzem diferentes e singulares expressões culturais. As culturas, neste caso, revelam as identidades e as memórias de diferentes grupos e coletividades. Na busca por identificar manifestações relevantes nas mais diversas regiões e contribuir para a divulgação e reconhecimento de diferentes culturas, a Escola Superior de Educação da Uninter lançou o projeto de extensão Rio de Estórias.
Apresentado à comunidade acadêmica no dia 28 de junho, em evento realizado no auditório do polo Garcez, em Curitiba (PR), a mais nova atividade extensionista da área de linguagens e sociedade da Escola Superior de Educação busca promover a valorização das diferentes manifestações culturais do Brasil. Segundo a coordenadora da área de Linguagens e Sociedade Valéria Pilão, os estudantes dos cursos de bacharelado e licenciatura em Letras e História encontrarão uma proposta que foi debatida com professores da área, buscando promover uma intervenção nas cidades de origem dos estudantes
“A ideia é a de que nossos estudantes naveguem nos “Rios de Estórias” da cultura material e imaterial brasileira, construam narrativas ficcionais e não-ficcionais, evidenciando as histórias de mulheres e homens que em suas práticas cotidianas constroem as culturas e as identidades. É pelos ‘Rios de Estórias’ que nossos estudantes construirão guias apresentando à comunidade patrimônios materiais e imateriais de suas regiões”, explica.
O projeto promete articular o conhecimento conceitual sobre culturas e patrimônios materiais e imateriais com o reconhecimento de expressões culturais locais no Brasil e no exterior. “Nossa proposta é abordar cultura material, imaterial, patrimônio, memória, narrativas e identidades. Nossos alunos e alunas identificarão manifestações culturais singulares com valores para suas comunidades”, afirma Valéria.
O projeto Rio de Estórias será composto por quatro fases. Inicialmente, será feita uma pesquisa relacionada a aspectos gerais e teóricos sobre patrimônio. Após isso, os alunos realizarão uma investigação sobre práticas culturais globais e locais. Na terceira fase, uma investigação sobre patrimônios e práticas culturais materiais e imateriais do local será desenvolvida.
Por fim, os alunos apresentarão o que foi investigado e sistematizado no formato de guia para a comunidade em locais como bibliotecas, museus, centros de cultura e/ou memória, associações culturais, entre outros. “Esse projeto é, sem dúvidas, promotor da valorização das práticas culturais brasileiras. Nós almejamos romper com a distinção entre cultura popular e erudita, que em última instancia ressignifica as distinções de classe”, esclarece Valéria Pilão.
“Me sinto honrado por participar dessa solenidade. Fiquei bastante impressionado com o projeto”, afirma o coordenador de Patrimônio Cultural da Secretaria da Cultura do Estado do Paraná, Vinicio Costa Bruni. A diretora da Escola Superior de Educação da Uninter, Dinamara Pereira Machado, e o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Nelson Pereira Castanheira, também estiveram presentes no lançamento
Antes do início dos debates, o momento cultural promoveu a apresentação dos capoeiristas do Grupo Abadá, do Projeto Capoeira e Cidadania da Associação Viking da Volvo. O evento também recebeu a escritora e presidente da Academia Paranaense de Poesia Lilia Souza e o professor e diretor do Museu Municipal Atílio Rocco, Luciano Schinda Duarte, que compuseram a mesa sobre “Cultura Material e Imaterial: práticas, identidades e memória”, mediada pela professora Danielle Fracaro da Cruz.
Clique aqui para assistir na íntegra o evento de lançamento do projeto Rio de Estórias.
Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismoEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Reprodução Youtube