Repensar os espaços para melhorar a qualidade de vida

Para transformar o mundo agora, podemos começar olhando para nosso entorno, nossas casas, bairros, cidade. Precisamos repensar os espaços em que vivemos e como nossas atividades produtivas os afetam. Essa é a discussão pautada pelo objetivo de Desenvolvimento Sustentável número nove (ODS 9) da Organização das Nações Unidas (ONU), que fala sobre A indústria, inovação e infraestrutura.

De acordo com a ONU, o objetivo desta pauta é “construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação”. Trata-se da necessidade de planejar a infraestrutura para sobrevivência e para produção de bens e serviços de modo inclusivo, ou seja, para todos. No conceito de industrialização, não se trata apenas da indústria de manufatura, mas também da indústria de construção civil, produção de bens e serviços e toda a cadeia produtiva, etc.

Para isso, é necessário adotar cada vez mais práticas sustentáveis (aspectos sociais, financeiros e culturais), implementando processos industriais limpos e adequados, sem prejudicar o meio-ambiente. O progresso da infraestrutura deve ser regional e ultrapassar fronteiras geográficas, alcançando desenvolvimento econômico, o bem-estar humano e preços acessíveis à população global. Até 2030, o objetivo é modernizar a infraestrutura e tornar as indústrias sustentáveis.

No último dia 17.out.2020, por meio de transmissão ao vivo na página do Facebook do Grupo Uninter, Oriana Gaio e Giselle Dziura, professoras dos cursos de pós-graduação da Uninter, abordaram o tema durante a Maratona Transformando o Mundo: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, organizada pela Pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Uninter.

Entre as metas do objetivo número nove da ONU está a ampliação da pesquisa científica, principalmente nos países em desenvolvimento, em todos os setores industrias, em investimentos públicos e privados. “Quando pensamos em inovação, a gente tem a pesquisa científica no âmbito da indústria e da universidade e no âmbito integrado. Com isso, acontece a pesquisa aplicada, melhora a capacidade tecnológica. Inovação faz parte do desenvolvimento. O que irá fomentar o número de empregos, trabalhadores e envolver pessoas durante o processo”, afirma Giselle, coordenadora de cursos de pós-graduação em Arquitetura e Design da Uninter.

Durante a apresentação, Giselle lembrou que esse objetivo é composto por um conjunto de elementos: acessibilidade, pesquisa científica, resiliência, inovação e sustentabilidade. “Nós fazemos parte dessa sociedade produtiva, precisamos ter consciência em todas essas atividades produtivas. É importante também planejamento. Isso vai gerar infraestrutura adequadas que possam ser cada vez mais eficientes: sistemas energia, água e saneamento, transportes, tecnologias de informação e comunicação”, afirma a coordenadora.

Giselle também destaca a importância das certificações ambientais na construção civil, que são referenciais técnicos que atendem níveis de exigências em questões de inovação, atendimento na infraestrutura, desempenho e melhoria contínua na sustentabilidade dos edifícios.

Os benefícios das certificações são para empreendedores e usuários. Para o empreendedor, o ponto positivo é a alta qualidade ambiental, o que além da sustentabilidade aumenta o valor do patrimônio ao longo do tempo. Para os usuários, destaca-se a economia com relação ao consumo de energia e água, o conforto térmico, acústico, visual e olfativo, proporcionando condições de saúde e bem-estar. Há também a redução de despesas de limpeza, conservação e manutenção dos espaços internos e de moradia.

Já entre os benefícios para a sociedade e meio ambiente pode-se destacar o menor impacto para a vizinhança local, preservação da vegetação, redução de gases do efeito estufa e diminuição de gastos enérgicos de água e resíduos, o que contribui para elevar a qualidade de vida. “A tecnologia pode estar ao nosso favor, melhorando a qualidade de vida das pessoas, contribuindo para o ambiente e sociedade”, conclui Giselle.

Incorporar HTML não disponível.