Coordenador da Uninter ganha prêmio que alia jornalismo e ciência
Autor: Renata Cristina - estagiária de jornalismoReconhecer e valorizar a ciência é uma característica fundamental para qualquer país que planeja ser desenvolvido. Para valorizar e reconhecer profissionais que atuam no fortalecimento da produção, o 35º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia ocorreu no último dia 30 de novembro.
A premiação aconteceu na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba. Realizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia do Paraná (Seti- PR), o prêmio é uma forma de reconhecer as produções científicas. Todos os anos, são contempladas duas áreas do conhecimento. Neste ano, as escolhidas foram Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde.
O jornalismo científico foi uma das categorias da premiação. O coordenador do curso de Jornalismo da Uninter, Guilherme Carvalho, venceu nesta categoria com a reportagem na área de Ciências Exatas e da Terra intitulada Episódios de estiagem em Curitiba devem piorar, veiculada no Jornal Plural. ‘’O prêmio é um momento importante para reconhecer o valor da pesquisa e, sobretudo, a relação com a divulgação científica, que é o papel do jornalismo’’, avalia Guilherme.
Além das dificuldades que a ciência já enfrentava, com o fortalecimento do fenômeno do negacionismo, os desafios se tornaram ainda maiores. Por isso, hoje a visibilidade científica se torna indispensável.
Nesse cenário, a responsabilidade do jornalista aumenta. ‘’Se a gente considerar que nos dias de hoje a gente tem vivenciado situações de desinformação, fake news, de pseudojornalismo também, a ciência exerce um papel importante. Mas não basta só a ciência. Ela precisa chegar até as pessoas e quem faz esse processo, quem permite que as pessoas tenham acesso ao que é importante, ao que a ciência está produzindo é o jornalismo. Então o prêmio valoriza e reconhece a importância dessa relação entre jornalismo e ciência’’, destaca o ganhador do prêmio. Confira a reportagem sobre o prêmio no vídeo abaixo.
Desafios na produção científica
Para o superintendente da Seti, Aldo Bona, produzir ciência no Brasil é uma tarefa que encontra muita dificuldade. “A ciência requer tempo, requer continuidade, requer estabilidade de financiamento, e a instabilidade se torna um desafio muito grande para quem produz ciência nesse país’’, avalia.
Esses motivos ressaltam a importância do reconhecimento do que vem sendo produzido. “Realizar o reconhecimento da produção científica desde o estudante de graduação até o pesquisador mais experiente, os inventores independentes e também o jornalismo científico é uma forma que o Governo do Estado Paraná tem de reconhecer o esforço que se faz para que a gente possa ter produção de conhecimento que ajude no desenvolvimento, geração de emprego e renda.’’, ressalta Aldo.
Ao todo, foram 73 inscrições. As áreas de Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde, foram divididas em 5 categorias, sendo elas: pesquisador, extensionista, estudante de graduação, inventor independente e jornalismo científico. Além da entrega dos certificados para os 5 finalistas do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado Prime.
A 36 edição do prêmio irá contemplar as áreas de Ciências Agrárias e Ciências Humanas e Sociais.
Autor: Renata Cristina - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Gilson Abreu/AEN