Reatiba discute inclusão do deficiente no mercado de trabalho
Jorge Junior – Estagiário de Jornalismo
O Reatiba chegou à sua décima edição no último dia 20 com o objetivo de tratar da inclusão de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho. O evento é anual, promovido pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), ligado à Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A coordenadora do CPCE, Rosane Fontoura, aponta que a ideia do Reatiba é mostrar para as empresas que um ambiente mais diverso é um ambiente melhor.
O Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (Sianee), setor que desde 2005 atende aos alunos com deficiência do Grupo Uninter, contribuiu mais uma vez com o evento, com um espaço reservado para a instituição, e com a palestra da professora Leomar Marchesini, fundadora e coordenadora do Sianee.
Segundo Leomar, a palestra “Educação para todos” foi reflexiva, além de informativa. Ela procurou mostrar que as pessoas da indústria devem se sensibilizem com a implementação de recursos que não somente façam o deficiente trabalhar de acordo com sua necessidade, mas que insira o indivíduo na sociedade e na empresa de forma igual para todos, incluindo pessoas sem deficiência.
“Destruir esses nichos que a gente vê nas empresas de deixar os deficientes separados, de forma que a autonomia seja para todos, e que todos consigam se comunicar”, diz Leomar. A palestra também ressaltou que os próprios deficientes devem sempre buscar autonomia, abandonando práticas antigas de comunicação para desenvolver novas competências, dessa forma, largando uma certa resistência que muitas vezes as pessoas com necessidades especiais possuem, segundo a coordenadora do Sianee.
Cego há sete anos, Daniel Massaneiro, que é analista administrativo na Uninter, não deixou de prestigiar o Reatiba. “O evento foi muito bom, pois é um momento que a gente enriquece o conhecimento, inclusive para as pessoas que não têm deficiência, pois foi um evento muito importante também na questão da sensibilidade”, afirma Daniel.
Dentre as outras palestras que ocorreram na 10ª edição do Reatiba, destaca-se também a presença de Guilherme Bara, que palestrou sobre a importância da diversidade como estratégia para os negócios. Bara tem 34 anos e é cego desde os 14.
Edição: Mauri König