RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Quem vai pagar os calotes ao BNDES?

A operação Lava Jato já se tornou amplamente conhecida dos brasileiros, assim como os nomes de diversas empresas, públicas e privadas, envolvidas em escândalos de corrupção. Mas pouca gente sabe que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também participou de negócios internacionais que se tornaram alvo de investigação.

Ricardo Seitenfus, doutor em Relações Internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra (IHEI), esteve na Uninter, no final de novembro, em Curitiba, para proferir a palestra “Estratégias para Recuperação dos Créditos Concedidos pelo BNDES na África, América Latina e Caribe”, especialmente direcionada aos alunos do curso de Relações Internacionais.

“O BNDES vem sendo citado em diversos momentos na Lava Jato e também por colaborações bilaterais. Por esse motivo, é importante apresentar aos alunos os fatos do ponto de vista da política externa brasileira”, explica Álvaro Martins, professor do curso.

Segundo o palestrante, não se sabe ao certo como será feita a devolução dos empréstimos aos cofres brasileiros. Por ora, nos resta esperar que o novo governo trabalhe para atingir três objetivos: suspender novos empréstimos feitos pelo BNDES; buscar acordos com os países devedores; caso esses acordos não aconteçam, abrir a “caixa preta” do BNDES.

Se os créditos não forem recuperados, quem irá ressarcir o tesouro nacional será o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), ou seja, o dinheiro sairá do bolso dos contribuintes brasileiros.

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Autor: Maicon Sutil - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro


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