Quem escreve à mão aprende mais

 

Heloisa Alves Ribas – Estagiária de Jornalismo

As discussões sobre as diversas mudanças que devem ou não acontecer no setor da educação do país vem se tornando cada vez mais frequentes. Em um artigo publicado no jornal O Timoneiro, a diretora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter, Dinamara Machado, destacou uma dessas questões relacionadas ao ambiente escolar com o tema “Letra cursiva ou apenas formação de professores”.

Entende-se que essa forma de escrita, conhecida como “letra de mão”, não só facilita a fixação do que está sendo escrito como também auxilia em uma maior linearidade do raciocínio. É possível perceber ainda que, por meio dela, a escrita flui mais rapidamente. A outra maneira é a letra bastão, popularmente conhecida como caixa alta. Esta, muitas vezes, é adotada pelas crianças nos anos iniciais de alfabetização por ser mais simples e exigir um desenvolvimento motor menos desenvolvido.

“A importância da letra cursiva no processo de aprendizagem é uma temática que esbarra não só nas tecnologias, mas também nas teorias da psicologia. E como estas teorias foram instituídas no começo do século passado, muitos educadores refutam sua aplicabilidade no contexto atual”, explica Dinamara. Ela ainda destaca que alguns dos maiores pesquisadores da área acreditam que o educando deveria fluir de acordo com o seu próprio ritmo.

No artigo, a diretora explica que há pouco tempo foi implantado o projeto “Um Computador por Aluno (UCA)” visando a distribuição de tablets para os alunos da rede pública de ensino. Com isso, muitos acreditavam que a escrita usual acabaria, mas não foi o que aconteceu. Os professores continuaram a ensinar com a abordagem do letramento cursivo e bastão.

“Estamos vivendo a mescla das gerações do nativo e dos imigrantes digitais, e por muito tempo teremos o saudosismo pelas constatações da ciência e perplexidade diante das novas descobertas”, diz Dinamara. “O que temos evidenciado em várias pesquisas é que os professores precisam reconhecer seus alunos, as diferentes tendências educacionais, as teorias da psicologia, para que possamos ser docentes que respeitem e oportunizem a aprendizagem, da alfabetização até as pesquisas de doutoramento”, conclui.

Edição: Mauri König

Incorporar HTML não disponível.


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *