Quando o estágio é uma experiência de vida

O estágio permite os primeiros passos na profissão. Há casos, no entanto, em que ele proporciona experiências que vão muito além de possibilidades profissionais. Proporciona experiências de vida. Foi o que aconteceu com Jaime Hansen Filho, estudante de Filosofia do polo da Uninter em São José do Cedro (SC), durante o seu estágio supervisionado na Associação Cedrense de Promoção Humana (ACEPRO), instituição que atende de maneira voluntária 30 mães e 30 crianças em diferentes situações de vulnerabilidade social.

Segundo a gestora do polo, Andréia Luiza Demossi Perin, Jaime participou de inúmeras atividades desenvolvidas na instituição, buscando desenvolver diferentes habilidades e competências propostas pelo estágio. Entre elas, a capacidade para elaborar projetos em diferentes contextos de atuação do filósofo, a capacitação para atuação em outras áreas, no debate interdisciplinar e acessórias e a capacidade de relacionar o exercício da crítica filosófica com a promoção integral da cidadania e como respeito à pessoa, dentro da tradição de defesa dos direitos humanos.

Para Jaime, a experiência foi extremamente rica e construtiva na sua formação enquanto filósofo. “Estamos num aprendizado constante. É muito gratificante ensinar crianças e adolescentes, em uma mesma sala, a aprender coisas novas. Isso traz, além de conhecimento, a inclusão e uma outra visão da educação. Este estágio em diferentes contextos contribui não apenas na formação acadêmica, mas também na visão de outros meios onde o acadêmico ou o profissional na área de educação possa atuar”, destaca.

O estágio foi desenvolvido sob a supervisão de Andréia, que acompanhou as atividades desenvolvidas pelo aluno. “Foi gratificante perceber o envolvimento do aluno nas atividades e fiquei muito feliz com a oportunidade que ele teve para desenvolver competências e habilidades tão importantes para a formação do futuro educador de filosofia”, diz. Ao longo do estágio foram desenvolvidas várias oficinas que levaram as crianças a pensar na sua realidade e na sociedade onde estão inseridas, sempre respeitando a idade dos participantes.