“Quando Eu Me Encontrar” trata dos dramas do abandono

Autor: Regiane Coqui

O festival Olhar de Cinema levou 87 produções nacionais e internacionais para as telas de cinema em Curitiba entre os dias 14 e 22 de junho. Um dos filmes selecionados foi  Quando eu me encontrar (2023) – vencedor na categoria melhor roteiro de longa. Dirigida e roteirizada por Amanda Pontes e Michelline Helena (primeiro longa da dupla), a obra demostra de maneira sensível a busca dos três personagens pela normalidade de seguir a vida diante da ausência intencional de um ente querido, o abandono.

As exibições ocorreram nos dias 16 e 17/06 no Cineplex Batel do Shopping Novo Batel. Com duração de 78 minutos, Quando eu me encontrar é um filme de narrativa direta, de fácil assimilação popular e de excelente elenco na linha de frente: Luciana Souza, David Santos, Pipa e Di Ferreira, esta por sua vez teve um papel de destaque.  É um filme que toca o telespectador de diferentes formas.

Narra a história de Dayane, uma jovem que de repente vai embora, abandonando o trio de protagonistas. Sua mãe, diante da incompreensão da partida, parece tomada por sentimentos de conformismos e aceitação. A irmã, sem companhia para dividir o começo da vida adulta, tenta de várias maneiras não sofrer colapsos diante de tantas cobranças de todos os lados, principalmente da mãe. Já o namorado parece viver um luto eterno, pois esperava reconhecimento por parte da namorada e a oportunidade de oferecer a ela a vida que toda mulher deseja. Esses dramas são embalados pelas canções de Cartola e Chico Buarque.

Outro ponto de destaque, além das atuações, são as situações que remetem exatamente ao cotidiano de algumas famílias brasileiras  – incluindo momentos pontuais de humor. Apesar das constantes sensações pelo “desaparecimento” da personagem Dayane, o filme tenta não ser melodramático e consegue extrair um humor comedido.

Na Conferência de Imprensa, a produtora Amanda Pontes menciona que “na cabeça da gente nunca passou a ideia que estamos fazendo um filme do Nordeste, estamos fazendo um filme sobre mulheres que a gente conhece, vizinhas, amigas, pessoas do cotidiano. Um filme para que todos entendam”.

O Olhar de Cinema contou com o patrocínio da Uninter e cobertura da Central de Notícias Uninter (CNU).

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Regiane Coqui
Edição: Larissa Drabeski


1 thought on ““Quando Eu Me Encontrar” trata dos dramas do abandono

  1. O filme Quando eu me encontrar, destacado no festival Olhar de Cinema em Curitiba, é uma obra notável que se insere delicadamente no panorama atual dos dramas asiáticos, embora trate de uma narrativa profundamente enraizada na realidade brasileira. A habilidade de Amanda Pontes e Michelline Helena em tecer uma história que explora a complexidade das emoções humanas diante do abandono reflete a sensibilidade característica encontrada em muitos dramas asiáticos, onde a profundidade emocional e a exploração de temas familiares e pessoais são frequentemente centrais.

    Parabéns aos criadores

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *