Psicopedagogia leva a educação ao leito do hospital
A Psicopedagogia é um campo de atuação que compreende os saberes da pedagogia e da psicologia. Utiliza também conhecimentos sobre psicanálise, linguística, semiótica, neuropsicologia, psicofisiologia, filosofia humanista-existencial e medicina, e diz respeito à atuação interdisciplinar no contexto da saúde e educação.
Mas você já ouviu falar em Psicopedagogia Hospitalar? Essa área de atuação é voltada para o atendimento de pacientes que passam por internações de qualquer tipo, ou que tenham doenças crônicas ou terminais. O profissional oferece o apoio necessário para amenizar as inquietações destes pacientes durante o período de tratamento, permitindo assim, melhores chances de recuperação.
Para falar mais sobre o assunto, o polo de apoio presencial da Uninter em Caratinga(MG) promoveu, entre os dias 10 e 12 de setembro, o seminário “Psicopedagogia Hospitalar: dos fundamentos aos atendimentos”. O evento foi direcionado aos alunos de licenciatura e bacharelado em Psicopedagogia, mas também contou com a presença de estudantes de licenciatura em Letras, Pedagogia e Educação Física.
O psicopedagogo clínico Gustavo França, que também é tutor do polo, ministrou o curso e falou de sua importância para os alunos: “A intenção foi mostrar como os profissionais de Psicopedagogia vão atender, não somente alunos ou pacientes que estão internados, mas fazer uma intervenção familiar. A psicopedagogia, no âmbito hospitalar, busca diminuir o sofrimento, a angústia e sobretudo fazer com que a passagem da pessoa naquele lugar seja a mais tranquila possível”, explica.
Ele conta que o treinamento faz parte da continuação de uma série de seminários, oficinas e palestras oferecidas pelo polo, que focam nos cursos da área de educação. Além disso, também promovem o curso de Psicopedagogia da Uninter, que foi a primeira instituição no Brasil a ofertar este curso na modalidade de educação a distância.
Entre os assuntos abordados, o tutor falou sobre como deve ser feito o atendimento no leito, quais as atividades que podem ser realizadas junto ao paciente internado, quais são as práticas, os testes psicopedagógicos e os materiais que podem ser utilizados.
“Para os alunos é muito importante entender essa realidade, como funciona na prática. Principalmente com crianças que passam por procedimentos ou tratamentos intensos e necessitam passar longos períodos no hospital. Ter esse acompanhamento cognitivo, afetivo, emocional e escolar, para que quando ela retorne à vida normal, a situação dela esteja o mais próximo possível de quando ela foi retirada desse contexto”, completa.
Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay