Projeto social de Curitiba reaproveita uniformes de equipe de segurança para doações
No mês de setembro, o projeto Fazendo Renda do Instituto IBGPEX, braço social da Uninter, doou 95 peças de roupa para o projeto Café com Jesus, da Igreja Comunidade Cristã ABBA, que desenvolve ação social com pessoas em situação de rua. As peças pertenciam à equipe de segurança da instituição, que foi terceirizada. Para a doação, 15 voluntárias removeram as logomarcas da empresa e fizeram pequenas adaptações.
“É um uniforme de alta qualidade, feito para que os nossos porteiros aguentem o frio à noite. Escolhemos aqueles que estavam bons, já que não seriam mais usados depois da terceirização. Para fazer a doação, só precisávamos remover as logomarcas da empresa. Foi então que surgiu essa parceria”, diz a coordenadora de segurança da Uninter, Ana Siqueira. Ao todo, foram doadas 60 camisas, 22 blazers, dez jaquetas e três calças.
Quem recebeu as doações foi Fábio Ribeiro, voluntário da igreja ABBA e também funcionário na Uninter como diretor de cena do estúdio do campus Garcez. “Nós realmente buscamos tirar as pessoas das ruas. Além das roupas e alimentação, oferecemos culto, grupos familiares e, para aqueles que já estão melhores, tentamos buscar empregos entre os empresários da igreja”, explica.
A diretora-presidente do IBGPEX, professora Adenir Fonseca dos Santos, afirmou que a doação foi uma forma de reconhecer os servidores da Uninter que, como Ribeiro, atuam como voluntários. “No dia 28 de agosto, comemoramos o Dia Nacional do Voluntariado. O trabalho dessas pessoas é essencial, porque supre necessidades de grupos específicos, como moradores de rua, crianças e mulheres, das quais as políticas públicas não dão conta”, afirma.
O projeto Fazendo Renda
Com o objetivo de dar independência financeira para mulheres em situação de vulnerabilidade social, o projeto Fazendo Renda oferece um ano de curso gratuito de costura e artesanato. As matérias-primas usadas são, principalmente, retalhos e sobras de tecido, para que essas mulheres consigam começar a trabalhar sem grandes investimentos.
Ao final, as participantes recebem um certificado de extensão universitária -muitas desenvolvem atividades de geração de renda e continuam frequentando o Instituto IBGPEX como voluntárias. O projeto já capacitou mais de 500 mulheres, como Marly Gonçalves de Azevedo. Além de ganhar dinheiro com o que aprendeu, ela e mais duas amigas pegam o ônibus no Caiuá, em Curitiba, e vão até o centro da cidade todas as segundas-feiras para doar seu trabalho – um trajeto de cerca de 14 km.
“Demora para chegar ao centro, mas vale a pena. Nós criamos uma família aqui, não tenho mais como parar de participar. No trajeto de ônibus nós vamos conversando e brincando, sempre digo que não preciso sentar porque estou indo para a faculdade. É muito bom”, diz.
Além desse projeto, ela também contribuiu com a produção de cueiros, mantas, lençóis e camisolas que foram doados para a maternidade Mater Dei, além de toucas que serão doadas para a Liga das Mulheres com Câncer. “Começamos com peças simples e fomos evoluindo”, observa Marly.
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