Projeto resgata valor pedagógico de contar histórias
Heloisa Alves Ribas – Estagiária de Jornalismo
Comum em gerações passadas, a contação de histórias foi perdendo força ao longo do tempo com o surgimento de aparelhos tecnológicos como smartphones e tablets. Mas há instituições que procuram manter viva essa prática em Curitiba. É o caso da Biblioteca Pública do Paraná, que realiza de segunda-feira a sábado a atividade “Hora do Conto”.
O projeto existe há sete anos, realizado pelos funcionários da BPP e estagiários do setor de publicações infantis, que formam o grupo “Era uma vez”. De segunda a sexta, eles contam histórias às 11h e às 15h para um público entre 10 e 15 crianças. Aos sábados, às 11h, a plateia chega a ter cerca de 40 crianças. A equipe atua ainda em hospitais e em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
“A contação de histórias é o primeiro caminho para a criança gostar de livros. Apresentamos os maiores clássicos da literatura e autores não muito conhecidos, de uma forma divertida, fazendo com que a criança se interesse pelo livro, além da adaptação que fazemos [uma livre interpretação da obra original feita pelos participantes]”, destaca o agente cultural da BPP Everton Cardoso Leite.
Pensando na importância de aproximar desde cedo a criança da prática da leitura, o Centro Universitário Internacional Uninter o curso de extensão Literatura infanto-juvenil e contação de histórias. Com carga horária de 50 horas na modalidade de educação a distância, a formação possibilita ao profissional de ensino a utilizar métodos mais dinâmicos que exploram a imaginação da criança, fazendo com que ela desenvolva o gosto pela leitura.
“O curso é voltado para profissionais de ensino fundamental, tendo como objetivo transformar a atividade de contar histórias em uma prática mais lúdica e interessante para as crianças em seu aprendizado”, ressalta o analista Celso de Mazo, da Coordenação de Extensão e Assuntos Comunitários.
Edição: Mauri König
