Projeto estreita laços para facilitar a adoção
Autor: Adriane Vasconcelos - Assistente de Comunicação AcadêmicaEm sua 4ª edição, o projeto “Vidas que se Encontram” promoveu mais um encontro entre crianças e adolescentes aptos para adoção e pretendentes legalmente habilitados. A Uninter, por meio da área de Linguagens Cultural e Corporal dos cursos de Licenciatura de Educação Física, Artes Visuais e Música, que é parceira do projeto, esteve no evento realizando atividades e dinâmicas de integração.
A iniciativa, promovida pela ONG Reencontro Adoção consciente, também conta com o apoio da Prefeitura de Araucária por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e a vara da Infância e Juventude de Araucária. As atividades desenvolvidas por essas entidades, em quatro anos de projeto, já facilitaram a adoção de 70 crianças e adolescentes. As atividades que acontecem anualmente no mês de outubro, têm formato de uma tarde de brincadeiras, oportunizando e dando visibilidade aos acolhidos.
Durante as atividades, as crianças e adolescentes interagiram com os adultos por meio de brincadeiras e conversas. A dinâmica do projeto presume que o pretendente, que tiver interesse em adotar alguma das crianças, deve manifestá-lo formalmente aos idealizadores do projeto. A partir disso, a Vara da infância vai dar sequência ao processo.
De acordo com a organização, estão entre os pretendentes para a adoção casais, em sua maioria sem filhos, e pais e mães solos. Só puderam participar do projeto aqueles habilitados no processo de adoção.
Para a professora, tutora do Curso de licenciatura em Educação Física da Uninter, Fabiana Kadota, que está à frente dessa parceria, fazer parte do evento foi gratificante.
“Sou mãe por adoção, já participei de alguns eventos semelhantes. O sentimento é de poder contribuir para uma causa tão importante, por meio da qual muitos adolescentes terão essa oportunidade para uma adoção tardia”, comenta.
De acordo com a professora, nos anos de existência do projeto, muitas crianças com alguma deficiência, grupos de irmãos e adolescentes já foram adotados.
“Poder participar de um evento que pode ajudar uma criança ou adolescente a ter uma nova chance de ter uma família que o ame e cuide, é maravilhoso”, destaca ainda a professora.
O presidente da ONG, Marcelo dos Santos, destaca que as crianças que fazem parte do programa são aquelas que possuem maior dificuldade de serem adotadas: mais velhas ou com alguma deficiência. Essas características, de acordo com Marcelo, são impeditivas para algumas famílias que já buscam por um padrão estabelecido.
O “Vidas que se Encontram” propõe uma experiência a esses pretendentes que, durante a interação com a criança, podem descobrir uma conexão com ela e, assim, seguir com a adoção.
Marcelo compreende bem esse processo, pois é pai solo de 3 filhos, dois deles sendo pela via adotiva. “Mudou minha vida para melhor! A paternidade mudou minha vida e a dos meus filhos. Digo sempre que maternidade e paternidade não é para todo mundo, tem que ter o chamado,” conta.
Evento no Dia das Crianças
No dia 12 de outubro, no Dia das Crianças, participaram das atividades um total de 55 crianças e adolescentes, e 70 pretendentes (entre casais e solteiros). O evento ocorreu na cidade metropolitana de Araucária, no Centro do Idoso. Da Uninter, 13 alunos prestaram auxílio no evento.
O intuito da ação foi proporcionar a aproximação de pessoas habilitadas com crianças e adolescentes de abrigos que estão aptos à adoção, mas que estão fora do perfil da maioria das pessoas.
No Centro do Idoso, foram feitas atividades de integração, dinâmicas de grupos e jogos cooperativos com o objetivo de possibilitar o contato dos pretendentes com as crianças e adolescentes. Por meio desse contato recreativo, eles tiveram a oportunidade de se conhecerem melhor, podendo despertar o interesse para uma futura adoção.
Para a aluna do curso de licenciatura em Educação física da Uninter, Jaqueline Carol de Lima, participar do evento foi uma experiência incrível. “Não imaginava que seria tão tocante! Foi também foi uma breve experiência de como seria trabalhar com crianças”, ressalta.
Autor: Adriane Vasconcelos - Assistente de Comunicação AcadêmicaEdição: Larissa Drabeski