Projeto auxilia pais que possuem filhos diagnosticados com autismo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo se enquadram no transtorno do espectro autista, sendo 2 milhões delas no Brasil. Acredita-se que a proporção de autistas seja de 1 a cada 88 pessoas – meninos têm cinco vezes mais chances de estar no espectro do que as meninas.

Desde que foi criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado em 2 de abril. A data é marcada por diversas ações que ajudam as pessoas a entender o que é este transtorno, e que também contribuem para que a sociedade aprenda a lidar melhor com a questão, além de auxiliar no combate ao preconceito.

Mas além dessa data específica, outros projetos vinculados a essa condição também fazem a diferença na vida de diversas famílias. Há 6 anos, por exemplo, a aluna de Pedagogia do polo de Araucária da Uninter Yelda Quintanilla (foto) vem administrando o projeto Pais Educadores, que oferece sugestões de trabalho e dicas de organização para pais de crianças com autismo.

Sem fins lucrativos, o projeto atende famílias de acordo com suas necessidades. “Nesse momento eu conduzo o projeto sozinha, visitando as famílias em suas casas e fazendo empréstimo de materiais. Pergunto quais são suas necessidades e empecilhos com as crianças em casa, e então faço empréstimo de kits com jogos, brinquedos sensoriais, material pedagógico e em alguns casos também fazemos doações”, explica ela.

Yelda conta que a iniciativa surgiu após terminar um curso sobre o autismo e receber um convite para auxiliar grupos de pais que haviam acabado de receber os diagnósticos de seus filhos. Yelda também possui um filho de 13 anos no espectro autista, e isso fez com que ela começasse a receber ligações pedindo informações sobre formas de tratamento.

“Comecei a me informar e a trabalhar junto com os terapeutas do meu filho em casa, e foi um trabalho que deu frutos. Por esse motivo, decidi compartilhar essas informações com outras famílias”, diz Yelda. Segundo a pedagoga, “a intervenção precoce das crianças com autismo é a chave para que elas possam desenvolver o potencial que possuem. Ao lado dos terapeutas, as famílias lutam dia a dia para habilitar seus filhos e torná-los o mais funcionais e independentes possível, para que eles sejam aceitos na sociedade”.

Atualmente, Yelda atende famílias ao redor do Brasil e também do Peru (seu país de origem), estando, portanto, à disposição para auxiliar pessoas que falem português ou espanhol. No caso de famílias fora do Brasil, a comunicação é realizada através de videochamada, e as orientações também são feitas baseadas nas necessidades de cada um.

As famílias interessadas podem entrar em contato com ela pelo seu perfil no Facebook (link aqui). Yelda também recebe apoio e doações de materiais.

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Autor: Valéria Alves - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro