Programa Pesquisa Aí! estreia falando sobre a superexposição dos padrões de beleza
Autor: Fernanda Guedes - Agência MediaçãoEstreou nesta semana o programa Pesquisa Aí! desenvolvido pela Central de Notícias Uninter (CNU). Na primeira temporada, o programa busca aproximar o campo de pesquisa com a sociedade debatendo questões de gênero e diversidade.
Falando sobre a criação do programa, a professora Máira Nunes comenta que tudo surgiu a partir da vontade de debater os trabalhos de conclusão de curso desenvolvidos na Uninter. Confira:
Pesquisa e militância
Para Rosolen, que desenvolveu a pesquisa “Minha beleza não é efêmera: A representação dos corpos nas redes sociais e o impacto na autoimagem e autoestima das mulheres”, a gordofobia ainda não é um tema muito abordado na área de pesquisa, pois não é frequentemente discutido na sociedade. “A gordofobia ela não é uma novidade, ela sempre existiu, só acho que o conceito, esse nome não era trazido para discussão”, explica. Ela ressalta que, apesar das redes potencializarem os padrões de beleza, também são essenciais para levantar conversas sobre o tema.
Sobre a militância no campo de pesquisa, Rosolen acredita que as duas coisas andam lado a lado. “Quando você pesquisa e dissemina um pouco desse conhecimento, você também está colaborando de certa forma para quebrar esse paradigma”, afirma.
A professora Máira Nunes reitera falando da mudança de cenário na hora de realizar uma pesquisa: “Trazer as experiências como um ponto de partida e como um direcionamento de olhar para pesquisas que são sim interessadas, que tem sim um posicionamento, a questão da objetividade pode ser, e continua sendo levada a sério”. Para ela, é possível concretizar os procedimentos de pesquisa, de estrutura e relação com o conhecimento, sem deixar de fora nossos interesses pessoais.
Sobre o impacto de sua pesquisa e como ela contribui para a sociedade, Rosolen diz que buscou trazer um olhar mais amplo para a temática, mostrando que um corpo não é apenas um corpo, desmistificando que pessoas gordas são todas necessariamente doentes, e quebrando conceitos culturais.
O programa acontece toda segunda-feira, às 18h, com transmissão da Rádio Uninter. Assista à conversa completa:
Autor: Fernanda Guedes - Agência Mediação