Profissional criativo sempre encontrará lugar no mercado de trabalho
Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de Jornalismo
O que é o “novo normal”? Como estão os profissionais que dia após dia buscam se encaixar num cenário instável, que chegou de surpresa? São esses alguns dos questionamentos mais frequentes entre profissionais de diversas áreas que passaram a lidar com a tecnologia de forma mais intensa no último ano. Embora os avanços tecnológicos já fossem parte do cotidiano, a pandemia provocou uma aceleração mais agressiva, fazendo com que essas pessoas fossem obrigadas a lidar com ferramentas às quais ainda não estavam habituadas.
Uma live transmitida pelos canais digitais da Escola Superior de Gestão e Negócios da Uninter, no dia 30.junho.2021, abordou o tema “A valorização da assessoria de negócios”. Mediado pela professora Adriana Czajkowski, o bate-papo virtual recebeu como convidados o diretor da escola, Elton Schneider, a professora Vanderleia Stece e as professoras Flávia Roberta Fernandes e Rafaela Aparecida de Almeida.
Elton começou destacando que “não são as tecnologias em si que estão fazendo a transformação, mas a necessidade que nós temos de aprender a usar essa tecnologia para se comunicar, para poder trabalhar, para poder se relacionar, foi isso o que mudou”. Diante desse novo cenário, as empresas passaram a procurar pessoas que sejam capazes de lidar com ferramentas tecnológicas que se tornaram “obrigatórias”. Dessa forma, surgiram as novas exigências e recomendações do mercado empregador, as chamadas “competências digitais”.
O professor aponta que existe um lado negativo nisso tudo: a preocupação da sociedade com o desaparecimento de algumas profissões. Mas será que o avanço tecnológico representa uma diminuição do mercado de trabalho? Elton acredita que não: “Lembre-se sempre que quando alguém diz assim, ‘sua profissão vai desaparecer’, está na hora de você buscar conhecimento novo sobre a sua profissão”. O diretor ainda citou como exemplo o novo livro das professoras Rafaela e Flávia, Assessoria de negócios: do tradicional ao digital, que trata justamente de uma nova formatação do trabalho.
Na obra, as professoras fazem uma análise histórica dos quatro eixos da assessoria, que são: técnico-tático, gerencial, intelectual e aberto. Elas acrescentam ao grupo um quinto eixo, o da assessoria virtual. Associado ao papel do assessor virtual, surge o assessor de negócios. Flávia explica: “Aqui a gente está falando desse profissional que facilita e atua auxiliando as organizações e os profissionais liberais, e agora esses profissionais da era digital”. Trata-se de profissionais que hoje precisam desenvolver novas habilidades e conhecimentos, principalmente aqueles que permitem o uso de ferramentas que possibilitam o gerenciamento da comunicação e das demais atividades.
Elton enfatizou que “enquanto a gente for capaz de ser criativo, de aprender coisas novas, nós não vamos perder nossos empregos, nós vamos estar sempre prontos para atuar no mercado. Obviamente que isso vai nos obrigar a desenvolver habilidades novas e essas habilidades novas nunca vão acabar”.
Flávia complementa dizendo que mesmo após a pandemia o esperado é que muitas organizações adotem o modelo híbrido, gerando a possibilidade de que seus funcionários trabalhem no escritório, em casa ou até mesmo de um terceiro local. Embora essa situação possa trazer um certo desconforto inicial, segundo a professora “as organizações passam a se preocupar em como integrar as pessoas virtualmente, implementando métodos para que os profissionais possam trabalhar e adaptar suas rotinas de trabalho, estabelecendo a comunicação entre os colaboradores para que isso seja coeso, para que haja essa conectividade”.
“Hoje nós temos essa realidade, mas amanhã nós podemos ter novas ferramentas. Nós estamos caminhando para cada dia algo novo nas organizações, e nós, como profissionais da assessoria de negócios, precisamos entender a importância de observar as organizações, observar para onde as organizações estão caminhando, para onde esses gestores das organizações estão caminhando, para entender do que precisamos”, conclui Flávia.
Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay
