Profissionais da segurança são essenciais para preservar o direito à vida na pandemia
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoA segurança é um dos deveres fundamentais do Estado, e está inclusa no artigo 6º da Constituição brasileira. Esta área envolve uma série de aparatos estatais que tem como dever a proteção da vida e da propriedade das pessoas. Os sistemas judiciário e penal, bem como as polícias – federal, municipal e militar – fazem parte desse conjunto.
Para discutir diversos aspectos relacionados ao tema, a Escola de Gestão Pública, Jurídica, Política e Segurança da Uninter organizou o evento Segurança em Debate, que conta com 4 dias de atividades online, entre 20 e 23.jul.2020. O primeiro dia contou com a presença do professor Gerson Luiz Buczenko, da diretora da Escola Jurídica, Débora Veneral, e do vice-reitor, Jorge Luiz Bernardi. O convidado especial da noite foi o procurador da República Alessandro José Fernandes.
Segundo Alessandro, neste momento de pandemia, além dos profissionais da saúde, os profissionais de segurança também possuem um importante papel na linha de frente em defesa de um dos principais direitos humanos, que é o direito à vida. Cabe a eles fiscalizar os locais abertos indevidamente e abordar a população para que respeite as regras de convivência especialmente determinadas para o enfrentamento ao Covid-19, além dos habituais atendimentos contra furtos e roubos e ações de proteção contra crimes em geral.
Em sua fala, o procurador ofereceu uma perspectiva histórica sobre o tema. “Nas últimas décadas, estamos vivenciando uma mudança paradigmática na prestação de serviços de segurança, algo que é recente no Brasil, que herdou suas instituições de modelos europeus, visto que algumas não tiveram importância profissional e acabaram fragmentadas”, explica.
Para Alessandro, nossas instituições policiais trazem resquícios da polícia norte-americana do século 19, com a presença de um sheriff (ou “xerife”, no aportuguesamento do termo), oficial responsável por cuidar de um condado.
Para concluir, ele comenta que, apesar dos grandes esforços de seus integrantes, a instituição policial precisa de um real investimento institucional em seu profissionalismo e sua estrutura, para produzir mudanças significativas. O século em que estamos hoje requer perfis profissionais mais especializados, em vista das evoluções e mudanças ocorridas nos últimos tempos, e de profissionais “que resolvam os problemas e situações com propriedade, e não só pelo bom-senso”.
O bate-papo completo se deu na plataforma do Ava Univirtus, que foi aberta para estudantes e também para a comunidade externa.
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Divulgação CBMDF e reprodução Facebook