Professores realizam formação em Rio Negro
Autor: Evandro Tosin - JornalistaO ato de ensinar significa repassar ensinamentos sobre algo. Para aprender, é preciso unir experiência prática com instrução adequada. Além disso, o docente tem necessidade constante de aperfeiçoar a didática.
Foi com essa ideia que professores da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas (ESEHL) da Uninter oportunizaram uma capacitação de docentes do Colégio Agrícola Estadual Lysimaco Ferreira Costa, em Rio Negro (PR). A ação ocorreu no polo de apoio presencial da Uninter em 20 de julho de 2023.
O encontro foi realizado e organizado pela coordenadora da área de Exatas, Flavia Rocha, a coordenadora da área de Geociências, Renata Garbossa, o professor Jeferson Morais e a professora Cristiane Benvenutti.
De acordo com Cristiane, é fundamental a criação de espaços de diálogo e oficinas com professores, o que vai contribuir com o entendimento das necessidades de aprendizagem dos estudantes. “É indispensável que se retire dessas práticas os aspectos fundantes para resoluções de situações-problema. Aos professores presentes na formação ficou evidente que é preciso conhecer cada vez mais e com profundidade os alunos”, relata.
A iniciativa procura entender a realidade local, promovendo a reflexão sobre quem é o aluno diante dos professores da atualidade. “As dinâmicas desenvolvidas possibilitaram relatos de uma realidade muito diferente dos colégios públicos de inúmeras cidades brasileiras, mas que também refletem as dificuldades de aprendizagem dos alunos como em muitas instituições brasileiras”, complementa Cristiane.
Outros professores da ESEHL participaram da capacitação. Renata apresentou exemplos de atividades práticas que podem ser desenvolvidas com os estudantes. “A escola é território e espaço de pertencimento dos alunos, pois corresponde e traz identidade a partir das vivências de relações sociais, atividades e resultados diários que impactam na construção da identidade do aluno e a reorganização da vida cotidiana”, afirma.
Flavia teve uma condução semelhante da oficina. Ela realizou uma dinâmica com os participantes a respeito dos sentimentos que vivenciaram ao observar as qualidades que os colegas registraram. “É importante se colocar no lugar do outro, entender o que cada vive e como vive. Mas, antes de iniciar qualquer atividade em sala de aula ou nas oficinas, explicar com sensibilidade e resiliência para que todos compreendam a importância de cada um ao executar as atividades”, relata a professora.
A diretora da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas (ESEHL) da Uninter, Dinamara Machado, comentou sobre a importância da capacitação de professores e a cidade que recebeu de braços abertos a ação. “Rio Negro, por vários anos sediou a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), por consequência, é considerada uma cidade de excelência no âmbito educacional. Participar da formação dos professores municipais é uma honra para os profissionais da ESEHL. Apresentar práticas pedagógicas e reflexões atuais proporciona que os professores aprendam em reciprocidade”, explica Dinamara.
Estrutura e equipe de professores do local
Em sua maioria, a equipe de professores do Colégio Agrícola Estadual Lysimaco Ferreira Costa é formada por docentes com formação e atuação nas áreas de Medicina Veterinária e Agronomia. São 248 alunos na instituição de ensino, com aulas regulares de segunda a sexta-feira que cursam 18 disciplinas curriculares, em período integral. Os estudantes recebem cinco refeições diárias, assistência e orientações pedagógicas para o desenvolvimento e participação ativa em todas as atividades e oficinas.
No local, os alunos cursam disciplinas curriculares comuns e voltadas para técnicas de campo e pecuária, já que o ensino técnico prepara o estudante para o mercado de trabalho. O espaço ainda possui uma fazenda escola dividida em setores, possibilitando o aprendizado a respeito de horticultura e fruticultura. Os jovens têm contato com animais de pequeno e grande porte e aprendem sobre o processo de produção de alimentos que acontece dentro do próprio local. O colégio se diferencia por possuir laboratórios de agricultura, agroindústria, biologia, fungicultura, psicultura e química.
Autor: Evandro Tosin - JornalistaEdição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica