Metodologia para crianças com deficiência descomplica a matemática
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoA matemática é uma disciplina que coloca medo em boa parte dos estudantes brasileiros. O ensino da disciplina para pessoas com deficiência visual e intelectual encontra dificuldades ainda mais agudas. Buscando mudar essa realidade, o professor Rubens Ferronato, que se dedica ao ensino de matemática para pessoas com necessidades especiais, criou um recurso de tecnologia assistiva para o ensino da disciplina, o Multiplano, que contempla um aparelho retangular onde é possível encaixar pinos e montar sólidos geométricos para aprender conceitos matemáticos.
Ferronato conta que iniciou esse trabalho em 2000, quando dava aulas para uma turma de ensino fundamental e atendia um aluno cego da turma. Logo ele percebeu que seria possível usar a metodologia para uma gama maior de alunos.
Depois de vários anos de prática e aperfeiçoamento metodológico, em agosto de 2019 surgiu a oportunidade de ministrar uma capacitação para a utilização do Multiplano na Uninter . O curso teve início no dia 17 de setembro e terá aulas até o dia 5 de dezembro, com encontros duas vezes por semana.
Na segunda aula do curso, que ocorreu no último dia 19, foram trabalhados métodos para ensinar números pares e ímpares, além de outros tipos de atividades úteis aos professores da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), e de outras escolas especiais.
Com o auxílio da placa retangular do Multiplano, e também de pratos de plástico e balas, o professor Ferronato mostrou que existem diversos recursos para ensinar os alunos cegos, ou com alguma deficiência intelectual, sendo preferíveis as formas mais lúdicas e simplificadas.
Os participantes do curso já estão ávidos para levar esse conhecimento para a sala de aulas. A professora da Escola Nilza Tartuce, Karlene Moreira, que trabalha com alunos especiais, fala sobre como o multiplano é implantado em sua escola. “Aliamos a teoria e a prática através da oralidade, logo os alunos com o multiplano e outros materiais aprendem de uma forma mais concreta o que foi apresentado pelo professor”, conclui a educadora.
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro