Os caminhos para se chegar a uma publicação científica
Talita Santos – Estagiária de Jornalismo
A pesquisa científica é fundamental para o desenvolvimento das ciências, e grande parte desse esforço se dá nas universidades. A Constituição de 1988 prevê a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a tríade necessária nos processos de ensino e aprendizagem para a formação profissional de estudantes e professores. Após o desafio de sua realização, a pesquisa precisa ser publicada para disseminar o conhecimento.
Contudo, a publicação de uma pesquisa em uma revista científica pode ser uma missão tão desafiadora quanto a produção do trabalho. Com o intuito de explicar os caminhos necessários para uma publicação, editores de revistas científicas participaram na última segunda-feira (8) de um seminário para os alunos de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP). A proposta era motivar e instigar os alunos a submeterem os seus trabalhos para uma eventual publicação.
Professor dos cursos de Ciência Política e Relações Internacionais do Centro Universitário Internacional Uninter, Lucas Massimo apresentou palestra com o tema “Por dentro do periódico: como ter um artigo aprovado na Revista de Sociologia e Política“, publicação científica da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além dele, participaram do seminário a editora assistente da revista Opinião Pública, Fabíola Del Porto, e o editor da Revista Brasileira de Ciência Política, Mathieu Turgeon.
Segundo Massimo, dos 149 manuscritos recebidos para avaliação em 2016, apenas 16 (10,7%) foram aceitos para publicação sem maiores modificações na revista da UFPR. Essa baixa taxa de aceitação de trabalhos está ligada aos elevados padrões de qualidade esperados dos artigos veiculados no periódico. “Eles precisam apresentar resultados inéditos e este é um critério muito importante, apresentar um conhecimento novo a partir de pesquisas empiricamente orientadas”, diz.
“A USP é um dos mais importantes programas de Ciência Política do país, e o principal ganho foi ter a oportunidade de apresentar a Uninter e a UFPR em um programa Capes 7 durante o seminário”, diz Lucas Massimo. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação, avalia os cursos de pós-graduação stricto sensu com nota de 1 a 7, esta última para aqueles com desempenho claramente destacado dos demais.
Edição: Mauri König