Primeiro tecnólogo da área no Brasil, Auditoria em Saúde tem excelência pelo MEC
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaMilitar do Exército, Suélen Pinheiro, que já trabalha há quase 14 anos com auditoria de contas médicas, fez a matrícula no curso de Tecnologia em Auditoria em Saúde, no polo da Uninter em Manaus (AM), para realizar o curso “tão esperado” por ela. Primeiro tecnólogo do Brasil na área, a graduação recebeu nota cinco do Ministério da Educação (MEC) em junho de 2023, conceito máximo concedido pelo órgão.
“É uma grande satisfação ver um curso inovador como esse, porque o mercado de trabalho na área de saúde está precisando de profissionais na área administrativa para auditoria […] O aluno tem toda a garantia da autonomia dele, que eu acho que é o grande trunfo da modalidade à distância, que está evoluindo no Brasil. A maioria dos nossos estudantes são pessoas que já trabalham na área e vêm buscar uma instrumentalização e o conhecimento científico para aprimorar o processo de trabalho daquilo que já está fazendo”, declara a coordenadora do curso, Ivana Busato.
Ivana assumiu a coordenação no início de junho, mas participou de todo o processo de criação e estruturação desde o início do curso. Por isso, a docente garante que os professores são “bem eficientes” e a estrutura da Escola Superior de Saúde Única (ESSU), assim como os estudantes, foram fundamentais para a conquista.
No Exército, Suélen lida com órteses, próteses e materiais especiais (OPME), desde a autorização, negociação de valores, até a finalização da conta. De acordo com ela, esse histórico “trouxe uma experiência muito boa”.
Para a profissional, a trajetória na instituição se deu “melhor do que o esperado” e o selo de excelência concedido pelo MEC é “excepcional, pois ratifica a sensação de ter feito uma ótima escolha e ter conseguido desenvolver bem as atividades do curso”.
“Me certificou do conhecimento prévio que eu já possuía e me abriu portas, como a publicação do trabalho acadêmico e até mesmo, participar de uma live da própria Uninter com a professora Ivana”, complementa.
Suélen participou da aula de OPME para o sucesso da Gestão Hospitalar, área que pesquisou durante a formação. A transmissão foi realizada por meio do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Univirtus, na noite de 19 de julho de 2023. A apresentação segue disponível e pode ser resgatada pelos estudantes no ícone “Ao vivo” da plataforma.
Destaque e reconhecimento
A egressa se formou em dezembro de 2021, mas ainda é bastante presente na instituição e lembrada como destaque principalmente pelo trabalho realizado no projeto de iniciação científica “Estudo do Perfil de Governança em Saúde”, no qual desenvolveu o artigo Inflação na saúde – OPME em tempos de Covid-19. Importância da auditoria, Amazonas-Brasil, publicado na Revista Desenvolvimento e Saúde.
No estudo, apresentou um estudo comparativo dos valores de aquisição de OPME na cidade de Manaus, entre o segundo semestre de 2019 e o primeiro semestre de 2021. O intuito foi mostrar os impactos da pandemia nos custos dos produtos e a importância das boas práticas de governança na gestão de auditoria em saúde, “a fim de colaborar na contenção de custos no setor da saúde no Amazonas”.
O caminho para a área acadêmica durante o curso parece ter sido um desejo que já existia para Suélen. “Gosto muito da área de auditoria, mas gostaria de atuar na área lecionando, pois, mesmo somente com a experiência profissional eu já auxiliava e “conduzia” amigos médicos e enfermeiros a aprenderem sobre a auditoria em saúde. Após a faculdade, este desejo ficou ainda mais latente”, conta a profissional.
Para Suélen, a publicação do trabalho de pesquisa foi crucial na formação e ainda hoje recebe convites para publicar em outras revistas, inclusive internacionais. De acordo com a egressa, é o “reconhecimento do trabalho” realizado.
A coordenadora lembra que, além do papel de pesquisador, que deve ser um princípio desenvolvido na graduação, os profissionais formados no tecnólogo podem atuar em qualquer serviço de saúde, seja público ou privado, em clínicas, seguros de saúde, em auditorias internas ou externas, por exemplo.
Ivana ressalta que os auditores formados na instituição não substituem os auditores profissionais. “Só pode auditar procedimento de dentista, quem é formado em Odontologia. Só pode auditar procedimentos de medicina, quem é formado em Medicina, e assim por diante. Mas na área administrativa, existe uma série de procedimentos também”, destaca a profissional.
Durante o curso, os estudantes desenvolvem o conhecimento do que é auditar e as habilidades para executar os procedimentos de auditoria. Com um corpo docente “de qualidade” e uma estrutura de material didático produzido pelos professores, de “altíssima qualidade”, garante Ivana. O diferencial para a docente está na matriz curricular e a distribuição e profundidade com a qual as disciplinas chegam para realmente formar um auditor.
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaEdição: Larissa Drabeski
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