Preocupação com ecossistema aquático motiva projeto de pesquisa
Autor: Igor Carvalho Horbach - estagiárioNovas pesquisas mostram que a Terra precisa urgentemente de cuidados antes que uma catástrofe global realmente aconteça. Em 2023, o Serviço de Mudanças Climáticas divulgou que a temperatura média do planeta subiu 2ºC. Com isso, a área cientifica tem avançado cada vez mais nas pesquisas de como retardar o avanço do aquecimento global.
Uma dessas ações consiste em contribuir para que o ecossistema aquático do planeta – mares, rios e bacias hidrográficas – esteja o mais limpo possível. É o que tem desenvolvido o aluno do curso de bacharelado em Engenharia Ambiental da Uninter Henrique Baggio Simsen. Ele é cocriador do projeto de iniciação científica voltado para o tratamento de efluentes, em conjunto com a professora Jessica Luiza B. Trevizani.
O objetivo do projeto é desenvolver novos métodos e tecnologias que sejam eficazes contra a degradação deste ecossistema, que, uma vez devastado, impacta diretamente os demais. “A vontade e a proposta do projeto surgiram de discussões com a professora Jessica sobre como poderíamos aplicar a tecnologia para melhorar o tratamento de efluentes. Decidimos focar no efluente de águas cinzas, especificamente água de máquinas de lavar, por seu potencial de reaproveitamento e redução de impactos ambientais.”, conta o estudante.
A parte prática
O estudo consiste na construção de um filtro convencional e um reator para aplicação do Processo Oxidativo Avançado com Persulfato de Sódio. Além de um colorímetro para medidas importantes para monitoramento da água antes, durante e após a utilização dos mecanismos. Assim, pode se encontrar um meio eficaz em tratamento de efluentes oriundos das máquinas de lavar.
Henrique, de 23 anos e morador de Guaraciaba (SC), ingressou no curso em 2022. Além da graduação, o Tecnólogo em Saneamento Ambiental da Uninter também foi escolhido por ele para se aprimorar. Para ele, o curso voltado para o meio ambiente sempre foi a primeira opção devido a uma constante preocupação com a natureza.
“O que mais tem chamado minha atenção no curso é a capacidade de aplicar conhecimentos técnicos e tecnológicos para resolver problemas ambientais reais, especialmente aqueles relacionados ao tratamento de efluentes e à gestão de recursos hídricos”, afirma Henrique.
Além do projeto de pesquisa, o estudante concilia com outros afazeres pessoais, como os próprios estudos e trabalho. Sendo tão jovem, é um desafio lidar com a responsabilidade, mas a paixão pela área profissional se sobressai.
“O que mais tem chamado minha atenção no curso é a capacidade de aplicar conhecimentos técnicos e tecnológicos para resolver problemas ambientais reais, especialmente aqueles relacionados ao tratamento de efluentes e à gestão de recursos hídricos”, destaca. “Ainda temos um caminho a percorrer até a conclusão do projeto. Atualmente, estamos na fase de desenvolvimento dos métodos de tratamento, após ter testado com sucesso o sistema de medições.”
Para ele, o projeto é de suma importância e relevância socioambiental, uma vez que as técnicas e métodos desenvolvidos, após comprovados sua eficácia, poderá reduzir o impacto da poluição no ecossistema e promover a saúde pública, proporcionando água mais potável para consumo. “O projeto pode impactar diretamente na vida das pessoas ao proporcionar métodos de tratamento de águas residuais mais acessíveis e eficientes, melhorando a qualidade da água e contribuindo para a sustentabilidade ambiental”, diz.
A professora avalia o potencial do projeto em contribuir significativamente para a sociedade e para o meio ambiente de forma geral. “O projeto é voltado para otimização de tratamento de efluentes, mais precisamente efluentes de máquinas de lavar, o que pode possibilitar a reutilização do mesmo para outros fins. O intuito é tornar o reaproveitamento desse tipo efluente viável para a comunidade em geral, buscando minimizar o desperdício deste recurso”, explica Jessica.
De acordo com ela, o projeto se iniciou no começo deste ano, embora as primeiras discussões já acontecessem muito antes. Agora os pesquisadores citam que o maior desafio é sempre pensar à frente. “Futuramente, [pensamos em] aplicar esta pesquisa em escala maiores, e, dessa forma, evoluir e otimizar o aparato experimental de ‘Escala Bancada’ para ‘Escala Real'”, prevê a professora.
O talento e a proatividade de Henrique também fascinam a professora. “É uma alegria imensa quando encontramos acadêmicos que partilham essa paixão por pesquisa. Poder trabalhar e evoluir em conjunto com os alunos é o que torna nossa profissão tão gratificante”, finaliza.
Autor: Igor Carvalho Horbach - estagiárioEdição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica