Prefeitos terão de encarar em 2017 o desafio do desenvolvimento sustentável
Alice Gonçalves – Estagiária de Jornalismo
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, visando promover a compreensão e a conscientização da diversidade entre os povos em todo o mundo. Braço da ONU, a Organização Internacional do Turismo vê nessa medida uma oportunidade de avançar na contribuição desse setor para os três pilares da sustentabilidade: econômica, social e ambiental.
Sendo assim, os prefeitos que assumem os seus cargos em janeiro terão um grande desafio pela frente: o desenvolvimento sustentável, que envolve a crise de abastecimento de água potável provocada pela má gestão dos recursos hídricos, aliada à destinação do lixo e de moradias em locais inadequados, além da ausência de serviços públicos como tratamento de esgoto, redes de energia elétricas legais, pavimentação, entre outros. Isso tudo constitui os pilares da problemática que envolve a gestão da maioria dos municípios brasileiros.
Segundo o diretor da Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente, Sustentabilidade e Humanidades da Uninter, Rodrigo Berté, a forma como serão encaradas as novas gestões públicas pode fazer a diferença entre trazer o verdadeiro desenvolvimento às cidades ou piorar esse quadro preocupante. “A tarefa dos novos prefeitos vai além do aumento das riquezas municipais; ela subentende também proporcionar condições dignas de vida para as pessoas por meio da superação das desigualdades e da atenção com as vulnerabilidades sociais, componentes fundamentais do verdadeiro desenvolvimento”, explica.
Artigo publicado por Berté junto com os professores André Pelanda, Augusto da Silveira e Rodrigo Silva aponta algumas alternativas para as gestões dos novos prefeitos. Segundo os pesquisadores, o gerenciamento de resíduos, o incentivo à redução do consumo de materiais não recicláveis, além da promoção da prática da separação do lixo e o incentivo a políticas, programas e práticas que protejam as pessoas e o meio ambiente, são ações que devem ser priorizadas pelos prefeitos eleitos que buscam um compromisso com os cidadãos, visando uma gestão de cidades para que elas venham a ser sustentáveis e inovadoras.
Para eles, cidades sustentáveis e inovadoras terão de promover discussões pertinentes às realidades que abrangem novos indicadores de qualidade de vida: ética pública, ação cultural e serviços prestados ao público. Além disso, alertam os pesquisadores, é preciso socializar o diálogo dos diferentes setores acerca do Estatuto das Cidades e do Plano Diretor.
“Os prefeitos eleitos terão que adotar medidas de gestão eficiente, controle de gastos e deverão ser vistos como manager city, ou seja, um gerente da cidade, um gestor de fato”, ressalta André Pelanda.
Edição: Mauri König